sábado, 28 de julho de 2012

Construtivismo



O construtivismo é uma teoria psicopedagógica  ( atenção: não é método) que diz respeito ao modo como o indivíduo constrói o conhecimento. Não existe o método Construtivista. Cada qual constrói sue material de acordo com sua realidade, com sua clientela, com os interesses da sua turma.
Segundo Piaget essa construção se dá pela ação do sujeito sobre o objeto do conhecimento, mas é importante destacar que para essa ação ele traz suas experiências e seus conhecimentos prévios.
Os estudos sobre a Teoria Construtivista tem como base as pesquisas de Jean Piaget, um biólogo com preocupações essencialmente epistemológicas, isto é, referentes à Teoria do Conhecimento.
Entendendo que era impossível remontar aos primórdios da humanidade e compreender qual foi, de fato, o processo do desenvolvimento cognitivo desde o homem primitivo até os dias atuais, Piaget voltou-se para o desenvolvimento do indivíduo da espécie humana, do nascimento até a idade adulta.
Para explicar como o sujeito constrói conhecimentos, Piaget recorreu à psicologia como campo de pesquisa.
Elaborou a teoria psicogenética na qual mostrou que a criança passa por mudanças qualitativas, denominadas estágios do desenvolvimento
 Essas mudanças, descritas por Piaget, vão do estágio inicial de uma inteligência prática (estágio sensório-motor) até o pensamento formal, lógico-dedutivo, que tem início a partir da adolescência (estágio das operações formais).
Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento, nem como simples registro de percepções e informações.
 O conhecimento é conseqüência das ações e das interações do sujeito com o objeto de conhecimento, seja do mundo físico, seja do mundo da cultura.
É uma construção que vai sendo elaborada desde a infância.
Segundo Piaget, a construção do conhecimento ocorre quando o indivíduo age, física ou mentalmente, sobre os objetos, provocando o desequilíbrio do conhecimento adquirido anteriormente.
Esse desequilíbrio deve ser resolvido por meio de um processo de assimilação e acomodação do novo conhecimento.
 Assim, o equilíbrio será restabelecido para, em seguida, sofrer outro desequilíbrio.
Assimilação - É o processo cognitivo de colocar novos conhecimentos em esquemas já existentes. É a incorporação de elementos do meio externo (conhecimentos, objetos) a um esquema ou estrutura do sujeito. Esse processo de captar o ambiente e de organizá-lo possibilita a ampliação dos esquemas já existentes.
Acomodação - É a modificação de um esquema ou de uma estrutura, em função das particularidades do conhecimento ou do objeto novo que será assimilado. O indivíduo poderá criar um novo esquema que absorva o novo conhecimento ou objeto, ou poderá adaptar um esquema existente para que o novo conhecimento possa ser incluído nele.
Equilibração - É o processo que se dá quando se passa de uma situação de menor equilíbrio (durante a assimilação) para uma situação de maior equilíbrio (durante a acomodação). ,
Em  seu livro Problemas de Psicologia Genética, Piaget argumenta que o ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender; é aprender a desenvolver-se e aprender a continuar a se desenvolver, depois da escola.
Embora sua teoria propicie respostas pedagógicas, Piaget no entanto nunca se preocupou em como fazer, como ensinar, apesar de sua teoria propiciar respostas pedagógicas. Por isso, não se pode falar em método ou técnica piagetiana ou construtivista. Tenha sempre em mente – Construtivismo não é método, é um processo.
Piaget também não se dedicou à relação sujeito/sujeito, nem à interação mediada pelo outro, isto é, pela linguagem. Esse foi o enfoque desenvolvido por Vygotsky, que estudou em profundidade a função social da linguagem.
Depois de observar muitas crianças, Piaget concluiu que o progresso delas passa por quatro estágios e que todas passam por eles na mesma ordem.
Estágio sensório-motor (até 2 anos) - Segundo Piaget, nessa fase do desenvolvimento, o campo da inteligência da criança aplica-se a situações e ações concretas. Trata-se do período em que há o desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre ações. É também o período da diferenciação entre os objetos e o próprio corpo.
Estágio pré-operatório mentais. Elas usam um pensamento intuitivo que se expressa numa linguagem  (dos 2 aos 6/7 anos) - É a fase em que as crianças reproduzem imagens comunicativa - mas egocêntrica -, porque o pensamento delas está centrado nelas mesmas.
Estágio operatório concreto (dos 6/7 aos 11/12 anos) - Nessa fase as crianças são capazes de aceitar o ponto de vista do outro, levando em conta mais de uma perspectiva. Podem representar transformações, assim como situações estáticas. Têm capacidade de classificação, agrupamento, reversibilidade e conseguem realizar atividades concretas, que não exigem abstração.
Estágio das operações formais (dos 11/12 até a vida adulta) - É a fase de transição para o modo adulto de pensar. É durante essa fase que se forma a capacidade de raciocinar sobre hipóteses e idéias abstratas. Nesse momento, a linguagem tem um papel fundamental, porque serve de suporte conceitual.

Texto montado com informações retiradas da Internet e dos meus cadernos do Magistério (prof  Ettamyr) e do curso Normal Superior.

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