sexta-feira, 31 de maio de 2013

O que são raios?


                                                               foto: impactlab.net

A descarga atmosférica, popularmente conhecida como raio, faísca ou corisco, é um fenômeno natural que ocorre em todas as regiões da terra. Na região tropical do planeta, onde está localizado o Brasil, os raios ocorrem geralmente junto com as chuvas.
O raio é um tipo de eletricidade natural e quando ocorre uma descarga atmosférica temos um fenômeno de rara beleza, apesar dos perigos e acidentes que o mesmo pode provocar.
O raio é identificado por duas características principais:

O trovão, que é o som provocado pela expansão do ar aquecido pelo raio.
O relâmpago, que é a intensa luminosidade que aparece no caminho por onde o raio passou..

Os raios ocorrem porque as nuvens se carregam eletricamente. É como se tivéssemos uma grande bateria com um pólo ligado na nuvem e outro pólo ligado na terra.
A "voltagem" desta bateria fica aplicada entre a nuvem e a terra. Se ligarmos um fio entre a nuvem e a terra daremos um curto-circuito na bateria e passará uma grande corrente elétrica pelo fio. O raio é este fio que liga a nuvem à terra. Em condições normais, o ar é um bom isolante de eletricidade. Quando temos uma nuvem carregada, o ar entre a nuvem e a terra começa a conduzir eletricidade porque a "voltagem" exitstente entre a nuvem e a terra é muito alta: vários milhões de volts (a "voltagem" das tomadas é de 110 ou 220 volts).
O raio provoca o curto-circuito da nuvem para a terra e pelo caminho formado pelo raio passa uma corrente elétrica de milhares de ampéres. Um raio fraco tem corrente de cerca de 2.000 A, um raio médio de 30.000 A e os raios mais fortes tem correntes de mais de 100.000 A (um chuveiro tem corrente de 30 A).
Apesar das correntes dos raios serem muito elevadas, elas circulam durante um tempo muito curto (geralmente o raio dura menos de um segundo).
Os raios podem sair da nuvem para a terra, da terra para a nuvem ou então sair da nuvem e da terra e se encontrar no meio do caminho.
No mundo todo ocorrem cerca de 360.000 raios por hora (100 raios por segundo). O Brasil é um dos países do mundo onde caem mais raios. No estado de Minas Gerais, onde foram feitas medições precisas do número de raios que caem na terra, temos perto de 8 raios por quilômetro quadrado por ano.
Muitos raios ocorrem dentro das nuvens. Geralmente este tipo de raio não oferece perigo para quem está na terra, no entanto ele cria perigo para os aviões.
Os raios caem nos pontos mais altos porque eles sempres procuram achar o menos caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos pelas descargas atmosféricas.

Fonte: mundociencia.com.br

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Brasil - Descoberto em 1498?

A revista Isto É publicou em 19 de novembro de 1997, matéria intitulada “O verdadeiro Cabral”, assinada pelo jornalista Guilherme Evelin, na qual o autor procura demonstrar que o descobrimento do Brasil ocorreu em data anterior a 22 de abril de 1500, conforme é ensinado nas escolas. Seu texto, encimado pelo subtítulo “Na véspera das comemorações dos 500 anos do descobrimento, novas pesquisas revelam que Portugal mandou uma missão secreta ao Brasil, um ano e meio antes da chegada de Cabral”, diz o seguinte: 
1498 - DESCOBRIMENTO DO BRASIL 
 
          “Esqueça tudo o que você aprendeu na escola sobre o descobrimento do Brasil. O primeiro português a vir às terras brasileiras não foi Pedro Álvares Cabral, ao contrário do que até hoje ensinam os manuais de história. O primeiro torrão de solo tupiniquim avistado pelos portugueses também não foi o Monte Pascoal, no sul da Bahia. O primeiro contato dos europeus com a terra brasilis tampouco ocorreu em 22 de abril de 1500. A dois anos das comemorações oficiais pelos 500 anos do descobrimento do Brasil, os últimos trabalhos de pesquisadores portugueses, espanhóis e franceses revelam uma história muito mais fascinante e épica sobre a chegada dos colonizadores portugueses ao Novo Mundo”.




         “O primeiro português a chegar ao Brasil foi o navegador Duarte Pacheco Pereira, um gênio da astronomia, navegação e geografia e homem da mais absoluta confiança do rei de Portugal, d. Manoel I. Duarte Pacheco descobriu o Brasil um ano e meio antes de Cabral, entre novembro e dezembro de 1498. O primeiro português a confirmar que existiam terras para lá do Oceano Atlântico desembarcou aqui num ponto localizado nas proximidades da fronteira do Maranhão com o Pará. De lá, iniciou uma viagem pela costa norte, indo à ilha do Marajó e à foz do rio Amazonas. Quando regressou a Portugal, o rei ordenou-lhe que a expedição deveria ser mantida em sigilo. O motivo para que a descoberta fosse tratada como segredo de Estado era bastante simples: as terras encontravam-se em área espanhola, de acordo com a divisão estabelecida pelo famoso Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, quatro anos antes de Duarte Pacheco chegar à Amazônia”. 
Duarte Pacheco Pereira (c. 1460-1533) é autor do Esmeraldo de Situ Orbis, escrito por volta de 1505-1508. A obra é uma espécie de tratado global de marinharia da segunda fase de navegação astronómica no Atlântico, reproduzindo um dos primeiros regimentos portugueses do Sol e um dos mais antigos roteiros com latitudes. Tem também um grande interesse pelas descrições que faz de costas e de entradas de portos.
"Esmeraldo de situ orbis"
clique na imagem para ampliar

    
      Após tecer considerações sobre o assunto, o redator da matéria esclarece: 

          “A base da tese gira em torno de um manuscrito, o "Esmeraldo de situ orbis", produzido pelo próprio Duarte Pacheco entre 1505 e 1508 e que ficou desaparecido por quase quatro séculos. Até no título, o documento revela seu caráter cifrado. "Esmeraldo" é um anagrama que associa as iniciais, em latim, dos nomes de Manoel (Emmanuel), o rei, e Duarte (Eduardus), o descobridor. "De situ orbis" significa "Dos sítios da Terra". "Esmeraldo de situ orbis", portanto, era "O tratado dos novos lugares da Terra, por Manoel e Duarte". Era um imenso relato das viagens de Duarte Pacheco Pereira não só ao Brasil, como à costa da África, principal fonte da riqueza comercial de Portugal no século XV. O rei d. Manoel I considerou tão valiosas as informações náuticas, geográficas e econômicas do "Esmeraldo" que jamais permitiu que ele fosse tornado público. Foi montado em cinco partes, com 200 páginas no total. As melhores provas sobre o descobrimento do Brasil aparecem no capítulo segundo da primeira parte. Resumidamente, o trecho diz o seguinte: "Como no terceiro ano de vosso reinado do ano de Nosso Senhor de mil quatrocentos e noventa e oito, donde nos vossa Alteza mandou descobrir a parte ocidental, passando além a grandeza do mar Oceano, onde é achada e navegada uma tam grande terra firme, com muitas e grandes ilhas adjacentes a ela e é grandemente povoada. Tanto se dilata sua grandeza e corre com muita longura, que de uma arte nem da outra não foi visto nem sabido o fim e cabo dela. É achado nela muito e fino brasil com outras muitas cousas de que os navios nestes Reinos vem grandemente povoados." 

          A reportagem diz ainda que: 

          “As novas pesquisas sobre a verdadeira história do descobrimento sepultam definitivamente a inocente versão ensinada nas escolas de que Cabral chegou ao Brasil por acaso, depois de ter-se desviado da sua rota em direção às Índias. O trabalho dos historiadores, dos antropólogos e cartógrafos, dá cores e tons muito mais fortes à epopéia do descobrimento. Até consolidar sua presença nessa – até então – desconhecida parte do mundo, portugueses e espanhóis se envolveram num fascinante jogo de traição, espionagem, blefes e chantagens. O mais recente trabalho a sustentar que Duarte Pacheco foi o verdadeiro responsável pelo descobrimento foi publicado no ano passado em Portugal. Intitulado “A construção do Brasil”, é de autoria do historiador português Jorge Couto, 46 anos, professor da Universidade de Lisboa. Couto é considerado o principal especialista português em história do Brasil e seu livro recebeu a chancela oficial da comissão criada pelo governo lusitano para as comemorações dos descobrimentos. Ele só deverá chegar às livrarias brasileiras em 1998”.


Adaptado para fins didáticos pelo professor.

Fonte: geomundo.com.br

quarta-feira, 29 de maio de 2013

As zebras são brancas com listras pretas ou pretas com listras brancas?


Um dos mais antigos membros da família do cavalo, a zebra africana parece muito mais exótica do que os cavalos e jumentos comuns. No entanto, se assemelha bastante aos primeiro ancestrais dos equinos  .
Os zoólogos ainda não desvendaram todos os mistérios genéticos que existem por trás da pelagem listrada que caracteriza a zebra. O padrão de cores alternadas funciona bem em seu ambiente nativo, desviando até 70% do calor que atinge o corpo [fonte:The International Museum of the Horse - em inglês]. O arranjo das listras acrescenta mais uma dimensão intrigante à biologia animal, tendo em vista que o padrão em cada zebra é único. Em especial, as listras dos ombros, oucernelhas, abrigam as marcações mais individualizadas [fonte: The International Museum of the Horse - em inglês].
Listras das zebras
©iStockphoto.com
Talvez Michael Jackson estivesse pensando em zebras quando escreveu a canção "Black or White"

Caso você esteja vestindo uma roupa com listras de zebra em local movimentado, é quase inevitável que alguém o aviste, facilmente. Na selva, porém, as listras da zebra funcionam, na verdade, como camuflagem para repelir seus principais predadores: leões e hienas . Já que os animais vivem em rebanhos, os especialistas acreditam que a massa de listras possam confundir os predadores ao agir como ilusão de óptica que dificulta distinguir os espécimes individuais. Consequentemente, um grupo de 10 zebras pode parecer um gigantesco borrão listrado que um leão preferiria não encarar sozinho. Para mais informações detalhadas sobre esse disfarce natural, leia "De que maneira as listas de uma zebra funcionam como camuflagem?"
Em larga medida, esses ungulados - ou animais dotados de cascos - preferem se manter unidos a viver solitários, migrando por até 500 km a fim de se alimentar [fonte: Holland - em inglês]. Mesmo antes do acasalamento, grupos de zebras solteiras se alimentam juntos. Depois, os garanhõesconduzem um grupo de zebras fêmeas, conhecidas como seu harém. As listras únicas promovem esse comportamento social, porque ajudam os animais a distinguir uns aos outros.

Fonte: Ciência - UOL

terça-feira, 28 de maio de 2013

As origens dos anéis de Saturno

Os cientistas ponderam sobre os anéis de Saturno desde que Galileu perscrutou o planeta através de um telescópio primitivo em 1610. Do ângulo em que observou, Galileu descobriu que Saturno não era uma estrela única, mas na verdade três: uma estrela grande no meio com dois apêndices em forma de orelha saindo dela, que ele imaginou que seriam grandes luas. Galileu observou Saturno por mais de um ano. Então fez uma pausa e não observou novamente até 1612, quando viu algo incomum: em vez da formação em três estrelas que havia visto na última observação, ele viu apenas uma estrela solitária. Ele previu corretamente que as outras "estrelas" iriam retornar, mas não sabia dizer porque tinham desaparecido.
Em 1655, o cientista holandês Christiaan Huygens respondeu a pergunta que tanto tinha intrigado Galileu, quando olhou através de um telescópio mais sofisticado. Ele concluiu que as estrelas extras eram, na verdade, anéis finos o suficiente para aparentemente sumir quando vistos em sua borda. Hoje os cientistas têm um nome para o que Galileu e Huygens testemunharam - o cruzamento do plano dos anéis. Conforme Saturno viaja ao redor do Sol, seus anéis aparecem de perfil para a Terra em cerca de 1 vez a cada 14 anos. Assim, quando olhamos para o planeta através de um telescópio durante esse período, os anéis não são visíveis.
Planeta Saturno
©iStockphoto.com/Lars Lentz
Planeta Saturno

Huygens, contudo, cometeu um equívoco em sua avaliação sobre Saturno. Ele acreditava que os anéis eram sólidos. Cinco anos depois, o astrônomo francês Jean Chapelain conjeturou que os anéis eram, na realidade, partículas orbitando ao redor de Saturno. O físico escocês James Clerk Maxwell confirmou essa teoria em 1857 quando calculou que os anéis deviam ser feitos de partículas pequenas; caso contrário, seriam puxados para dentro pela gravidade de Saturno até colidirem com o planeta.
Nos séculos 20 e 21, os astrônomos tiveram o benefício da tecnologia para ajudá-los a descobrir os segredos dos anéis de Saturno. No fim dos anos 70 e início dos 80, as naves espaciais Pioneer e Voyager mandaram de volta imagens dos anéis e das partículas que os compõem. Mais recentemente, a missão Cassini (um esforço de colaboração entre a NASA, a Agência Espacial Européia - ESA e a Agência Espacial Italiana - ASI), foi capaz de circular ainda mais perto dos anéis de Saturno e coletar uma grande quantidade de informações novas sobre sua estrutura.
Conforme mais aprendem sobre a composição dos anéis de Saturno, maiores são os questionamentos dos cientistas sobre as origens dos anéis. Eles acreditam que os anéis foram criados quando cometas ou asteróidescolidiram com uma ou mais luas do planeta, estilhaçando-as em muitos pedaços. Os fragmentos da colisão teriam se espalhado ao redor de Saturno e produzido o formato atual de anel.
O que não se tem certeza é sobre a idade dos anéis. A princípio, imaginava-se que eram tão antigos quanto o sistema solar. Então os cientistas supuseram que, se estivesse juntando poeira do espaço por 4 bilhões de anos, o gelo dos anéis deveria ser muito mais sujo do que é. Conseqüentemente reduziram a idade estimada dos anéis, para dezenas de milhões de anos atrás. Mas quando a nave espacial Cassini mandou de volta imagens mais nítidas e atuais dos anéis de Saturno, os cientistas chegaram à conclusão de que a estimativa original estava correta. Eles acreditam que é provável que as partículas dos anéis tenham sido recicladas durante 4 bilhões de anos e que continuarão a existir ainda por muito tempo.
Fonte: Ciência - UOL

segunda-feira, 27 de maio de 2013


Introdução a: De que são feitos os anéis de Saturno?




De todos os planetas, nenhum parece nos fascinar tanto como Saturno. A fascinação provavelmente se deve aos enormes anéis que tornam o segundo maior planeta algo fora do comum em nosso sistema solar. Embora Júpiter,Urano e Netuno possuam seus próprios anéis, nenhum é tão espetacular como os de Saturno.
Os anéis de Saturno também são um dos grandes mistérios do espaço. Mas, à medida que as naves espaciais circundam os anéis mais próximas do que nunca, consegue-se um retrato mais completo do que eles são feitos e de como vieram a existir. 
Saturno possui seis anéis principais, cada um composto de milhares de anéis menores. Os anéis são enormes - os maiores medindo 273.588 km de diâmetro. Porém, eles são proporcionalmente muito delgados - em torno de apenas 200 metros de espessura. Eles não são sólidos como parecem daTerra, pois são feitos de pedaços flutuantes de água congelada, rochas e poeira cujo tamanho varia de partículas a pedaços enormes, do tamanho de uma casa, que orbitam Saturno. À medida que as partículas orbitam, colidem constantemente, quebrando os pedaços maiores.
Anéis de Saturno
©iStockphoto.com/Lars Lentz
Anéis de Saturno
 
Os anéis não são círculos perfeitos. Eles têm curvaturas provocadas pelagravidade das luas próximas. Os anéis também contêm degraus produzidos conforme as partículas muito finas de poeira, que flutuam acima dos anéis, são atraídas por eletricidade estática e puxadas para cima dos anéis.
Novo anel
Cientistas encontraram um novo anel ao redor de Saturno, o maior anel planetário visto no sistema solar. O tênue anel, feito de pequenas partículas, marca uma parte da órbita da distante lua Phoebe.
Leia mais em VEJA.com

Os anéis são denominados por letras - A, B, C, D, E e F. Eles não estão em ordem alfabética, mas sim na ordem em que foram descobertos (a ordem real, a partir de Saturno, é: D, C, B, A, F, G e E).
A e B são os anéis mais brilhantes e B é o mais largo e mais espesso dos seis. O anel C às vezes é chamado de anel crepe porque é muito transparente e D é apenas visível. O anel F é muito estreito e se mantém unido por duas luas - Pandora e Prometeu - que se posicionam em cada lado do anel. Elas são chamadas luas pastoras porque controlam o movimento das partículas no anel.
Mais para fora está o anel G e finalmente o anel E, composto de partículas muito finas, quase microscópicas. O anel E foi o mais enigmático para os cientistas porque, ao contrário dos outros anéis, que se acredita serem feitos de partículas desprendidas das luas próximas, imagina-se que ele seja feito de partículas de gelo pulverizadas por gêiseres próximos do pólo sul da lua Enceladus. Entre vários dos anéis há lacunas descobertas pelos astrônomos que estudaram Saturno.
fonte:Ciência - UOL

domingo, 26 de maio de 2013

Arqueologia - parte ll

Informando o passado, o presente e o futuro

Pilar de pedra maciça em forma de T encontrado no sítio arqueológico Gobekli Tepe, na Turquia
Berthold Steinhilber / Wikimedia Commons
Pilar de pedra maciça em forma de T encontrado no sítio arqueológico Gobekli Tepe, na Turquia
À medida que os arqueólogos descobrem novos sítios e vestígios, eles devem revisar constantemente a história humana. Considere as revelações do arqueólogo alemão Klaus Schmidt, que acredita ter encontrado o primeito templo da humanidade. Desde 1994, Schmidt vem escavando uma região conhecida como Gobekli Tepe, no sudoeste da Turquia. Lá, no topo das colinas ondulantes, ele encontrou vários círculos com pilares em forma de T entalhados em pedra maciça. Os círculos poderiam ser remanescentes de Stonehenge, exceto por antecederem o famoso local inglês em 6 mil anos. Na verdade, as estruturas no Gobekli Tepe foram construídas há 11,5 mil anos - 7 mil anos antes das grandes pirâmides do Egito (e antes do sedentarismo).
Desenhos de animais, plantas e mãos juntas esculpidas em alto relevo nos pilares e restos de esqueletos humanos encontrados no local indicam que ali era um local sagrado. De acordo com Schmidt, os humanos se reuniam no seu templo para tomar parte de um culto religioso. Essa reunião encorajou a cooperação e a colaboração e levou ao desenvolvimento de cidades. Se as teorias estiverem corretas, precisaremos reescrever nossos livros de história que, atualmente, declaram que as vilas organizadas precedem a religião organizada.
As maiores lições da arqueologia, contudo, vão além de datas e lugares. As coisas mais importantes que podemos aprender com o passado são que erros evitar e que atividades úteis e benéficas copiar. Ao estudar estratégias de batalhas antigas, os líderes militares modernos podem estar melhor preparados para enfrentar seus inimigos. Ao examinar tecnologias antigas, os engenheiros modernos podem construir estruturas mais forte e duradouras. E ao analisar várias formas de governo, os líderes de nossas cidades, estados e nações poderiam estabelecer sistemas que servem a seus cidadãos de maneira mais eficaz.
Foi isso que fez James Madison. Em 1787, com a efetividade dos Artigos da Confederação (primeiro documento de governo dos EUA) fracassando, os Estados Unidos reuniram os delegados para uma Convenção Constitucional na Filadélfia. Madison foi para a convenção e apresentou o Plano Virgínia, que exigia um governo central mais forte. Ele desenvolveu o plano depois de pesquisar estruturas de governo na história do mundo e destacou as razões pelas quais as tentativas anteriores de democracia ou falharam ou foram bem-sucedidas. Toda essa pesquisa fortaleceu as ideias de Madison e formou a base da Constituição dos EUA.
Essencialmente, é por isso que a arqueologia é importante: porque ela nos mostra onde estivemos e para onde fomos. O poeta francês Alfonse de Lamartine foi que resumiu melhor ao dizer: A história ensina tudo, inclusive o futuro".

Fonte: Ciência - UOL

sábado, 25 de maio de 2013

Seria a Idade Média a Idade das Trevas?

A Idade Média era a Idade das Trevas?
Por se considerarem iluminados pelo pensamento racional da Antiguidade, os renascentistas chamaram a Idade Média de Idade das trevas
Com certeza você já ouviu falar da Idade Média como sendo uma época dominada culturalmente pela religião, criando uma sombra sobre as artes e as ciências, impedindo-as de florescer livremente. Essa ideia considerava a Idade Média como a Idade das Trevas. Mas você sabe o porquê deste período da História ter sido denominado assim?
A palavra média indica algo que está em uma posição intermediária. Para os pensadores do século XVIII, conhecidos como iluministas, esse período da história se localizava entre a Antiguidade Clássica, encerrada com a conquista de Roma pelos hérulos, em 476, e a Idade Moderna, da qual eles faziam parte, iniciada com a conquista da cidade de Constantinopla pelos turcos-otomanos, em 1453.
Essa era uma forma de ver o mundo tendo como base a história europeia, desconsiderando as demais regiões do planeta. Esse tipo de pensamento foi denominado de eurocentrismo, pois colocou o continente europeu como o centro das análises. Esses pensadores do século XVIII desconsideravam o que havia ocorrido em outras regiões do planeta como no Império Islâmico, nas Américas ou mesmo na China.
Além disso, durante o Renascimento, convencionou-se chamar a Idade Média de Idade das Trevas pelo fato de os renascentistas se colocarem como herdeiros do pensamento e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos, fazendo renascer a cultura da Antiguidade. Para os renascentistas, durante a Idade Média, as artes e as ciências, se comparadas à Antiguidade, haviam declinado. A responsabilidade disso seria em boa parte da Igreja Católica, que dominou política, econômica e culturalmente a Europa no período. A dominação religiosa teria impedido o desenvolvimento da razão, criando uma era de atraso e primitivismo.
Para os iluminados do Renascimento, a Idade Média era o tempo da escuridão, das sombras, era a Idade das Trevas.
Mas a partir do século XIX, essa forma de entender o período foi se alterando, principalmente com o movimento artístico conhecido como Romantismo, que revalorizava elementos medievais. Depois, alguns historiadores, como Henri Pirenne e Marc Bloch, passaram a estudar o período e produzir trabalhos históricos que mostravam haver durante a Idade Média desenvolvimento tecnológico na agricultura e no artesanato, bem como a criação de uma arquitetura própria e o estímulo à difusão do conhecimento através da criação das escolas e das universidades.
Construção gótica em Praga, na República Tcheca. Ao contrário do que afirmavam seus detratores, a Idade Média desenvolveu uma arquitetura de qualidade
Construção gótica em Praga, na República Tcheca. Ao contrário do que afirmavam seus detratores, a Idade Média desenvolveu uma arquitetura de qualidade
Nesse caso o eurocentrismo também impediu os renascentistas de perceberem o desenvolvimento da matemática e da astronomia realizado pelos islâmicos, que inclusive possibilitou a realização das grandes navegações europeias. Em relação às sociedades americanas que se desenvolveram antes da chegada de Colombo ao continente, como os maias, astecas e incas, havia grandes construções urbanas que impressionaram os conquistadores, bem como a utilização de hábitos de higiene desconhecidos pelos europeus e muito mais saudáveis que os praticados por eles.
Os termos Idade das Trevas e até mesmo Idade Média são carregados de preconceitos históricos. O primeiro é possível de não ser mais utilizado. Já o termo Idade Média, devido à sua grande difusão, é ainda utilizado por quase todos os historiadores, sendo assim atual o seu uso.

Fonte: R7 - Por Tales Pinto
Graduado em Hitória

Arqueologia

O que a arquoelogia pode nos ensinar sobre a Humanidade?
Humanos modernos - Homo sapiens - viveram por milhares de anos antes de começarem a escrever suas aventuras. O período antes de começarmos a rabiscar nossos pensamentos na pedra e no papel (o que os historiadores chamam de pré-história) pode apenas ser revelado por meio da pesquisa, da descoberta e da interpretação de coisas materiais que nossos ancestrais deixaram para trás. A arqueologia é o campo da ciência dedicado a essa busca e, até que as viagens no tempo sejam possíveis, ela é a melhor maneira de estabelecer uma linha do tempo humana e construir a histórias de nossa espécie.
Esqueleto acho durante escavação arqueológica
© Leeuwtje / iStockphoto
Esqueleto achado durante escavação arqueológica

Definir o início exato dessa linha do tempo tem sido um dos maiores desafios da arqueologia há décadas. Hoje, a maioria dos arqueólogos e antropólogos concorda que os humanos modernos fizeram sua grande estreia cerca de 195 mil anos atrás. Mas de onde esses humanos vieram? Uma linha de espécies parecidas com o ser humano, ou hominídeos, precede o Homo Sapiens?
Em 1974, Donald Johanson forneceu uma importante pista quando descobriu os ossos de um hominídeo de 3,2 milhões de anos em Hadar, na Etiópia. Ele chamou o espécime de Australopithecus afarensis, ou Lucy, para encurtar. Lucy deteve o recorde como o mais antigo ancestral humano até 1994, quando Tim White, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, encontrou restos de esqueleto de um hominídeo de 4,4 milhões de anos conhecido como Ardipithecus ramidus, ou Ardi. Desde então, mais descobertas marcantes foram feitas. Em 1997, cientistas encontraram ossos de uma nova espécie, Ardipithecus kadabba, que viveu entre 5 milhões e 6 milhões de anos atrás. E em 2000, outra equipe desenterrou o Orrorin tugenensis, um hominídeo do tamanho de um chimpanzé que viveu há 6 milhões de anos. Usando isso e evidências similares, arqueólogos formaram uma linha do tempo da humanidade e da pré-humanidade.
Os fósseis hominídeos mais velhos foram encontrados na África Oriental, ao longo da linha que se estende de Olduvai Gorge, no sul, até Médio Awash, região da Etiópia, ao Norte. A concentração das descobertas levou a maioria dos cientistas a considerar essa região o berço da humanidade. Mas como espécies parecidas com o homem se espalharam dessa região para o resto do mundo - um processo conhecido como diáspora africana? A arqueologia pode responder essa questão. A teoria que prevalece é a seguinte: Cerca de 2 milhões de anos atrás, os ancestrais pré-humanos deixaram a África para popular partes da Ásia, o Oriente Médio e a Europa. Mais tarde, os primeiros humanos de verdade seguiram em uma segunda onda que, com o tempo, substituiu os vestígios da primeira, a diáspora pré-humana. Com o tempo, esses primeiros humanos formaram todas as raças e civilizações que conhecemos hoje, incluindo maias, fenícios, gregos e romanos.
Compreender essas grandes civilizações é outra importante função da arqueologia. Por exemplo, historiadores aprenderam muito sobre a sociedade romana escrutinando as características e os artefatos de Pompeia e Herculano, duas cidades antigas enterradas em 70 d.C. pelas cinzas ejetadas pelo Monte Vesúvio. Eles formaram histórias similares em todo o mundo. É como nós viemos a saber de pessoas e lugares, bem como comportamentos e crenças, das civilizações através do tempo.
Fonte: Ciência - UOL

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Os 10 melhores desenhos animados


Pernalonga

Pernalonga
Reprodução

Ele surgiu em 1938 como um coadjuvante do Gaguinho, mas logo se tornou a principal estrela dos desenhos animados da Warner Bros. Coelho esperto que adora perguntar “o que é que há, velhinho?”, Pernalonga é um dos mais caçados personagens dos desenhos animados. Entre seus perseguidores que ele deixou enlouquecidos estão Hortelino Troca-Letras, Eufrazino Puxa-Brigas e o Demônio da Tasmânia. Mas ele não perdoava também ao Patolino, o amalucado pato que fala cuspindo. Suas animações para o cinema receberam três indicações para o Oscar. Em 1958, ganhou a estatueta com “Knighty-Knight Bugs”, direção de Friz Freleng.


Coleção clássica do Pica-pau em DVD
Reprodução
Pica-Pau

Walter Lantz estava em lua-de-mel quando teve a idéia genial de criar o Pica-Pau, por conta de um exemplar do pássaro que o atormentou e o divertiu na noite de núpcias. Nascia um dos mais inspirados desenhos animados de todos os tempos. A primeira aventura do Pica-Pau foi lançada pela Universal em 1940. Até 1972, quando foi produzida a última, foram 200 desenhos animados do personagem feitos para o cinema, o que o tornou a mais duradoura série de animações da história. Nesse período, os desenhos receberam três indicações ao Oscar. A risada do Pica-Pau é sua marca registrada.

Tom & Jerry
Tom & Jerry
Reprodução
Criado por Bill Hanna e Joseph Barbera, Tom & Jerry foi lançado em 1940 pela Metro-Goldwyn-Mayer (MGM). O gato Tom gosta de comer e tirar uma soneca, mas o que ele mais adora é perseguir seu potencial jantar: o esperto rato Jerry. O desenho recebeu seis Oscars, sendo a animação com maior número de estatuetas na história. As aventuras criadas principalmente entre os anos 40 e 60 renderam frenéticas perseguições que terminavam sempre com Tom levando a pior. A série que mantém seu sucesso junto às novas gerações inspirou uma versão em humor negro e sádica dentro de “Os Simpsons” chamada de “Comichão & Coçadinha” (Itchy & Scratchy).



Os Flintstones
os flinstones em DVD
Reprodução
Ele foi o primeiro desenho animado a ser um sucesso no horário nobre na televisão. Em 1960, a rede norte-americana ABC lançou “Os Flintstones”, criação dos estúdios Hanna-Barbera inspirada na sitcom “The Honeymooners” e na animação “Stone Age Cartoons”. O desenho mostra o cotidiano na Idade da Pedra de uma família com comportamento típico da classe média dos anos 50 do século 20. No núcleo central das historinhas estão Fred Flintstone, sua esposa Wilma, seu melhor amigo e vizinho Barney Rubble e a mulher dele Betty. A série original teve seis temporadas (1960-1966). O segredo de seu humor está nos paralelos que traça entre o cotidiano no período pré-histórico e os hábitos e recursos da vida moderna.


Space Ghost
Space Ghost
Reprodução

Outro sucesso produzido por Hanna-Barbera, “Space Ghost” é uma espécie de superpolicial intergaláctico criado por Alex Toth. Entre suas principais armas estão a capacidade de ficar invisível, os emissores de raios que usa em seus pulsos e a possibilidade de voar. A série estreou em 1966 e ficou no ar durante duas temporadas. Mas em 1994 Space Ghost passou a comandar um talk show de animação polêmico que se tornou um grande sucesso nos Estados Unidos. Várias celebridades participaram do programa e a edição de suas respostas dava aos episódios um tom hostil e divertido.


Os Simpsons
Segunda temporada completa dos Simpsons
Reprodução
Suas primeiras aparições foram em 1987 no "The Tracey Ullman Show", mas o sucesso foi tanto que em 1989 eles ganharam sua própria série. “Os Simpsons” repetiram a façanha que “Os Flintstones” alcançaram nos anos 60 ao se tornarem um sucesso no horário nobre da TV. Criada por Matt Groening, a série mostra o insano dia-a-dia da família de Hommer Simpsons, formada pela sua esposa Marge, os filhos adolescentes Liza e Bart e a bebê Maggie. O segredo do sucesso do desenho está na audiência se identificar, mas sempre se considerar melhor do que cada personagem, apesar dos Simpsons serem um debochado retrato dos típicos comportamentos das famílias contemporâneas. Cheio de convidados especiais, como U2, Andre Agassi eRolling Stones, entre dezenas de outros, a série já venceu 21 prêmiosEmmy.


Beavis e Butt-Head
Reprodução
Beavis e Butt-Head

Eles são dois adolescentes estúpidos, até mesmo perigosos, mas extremamente divertidos e acidamente críticos em relação às péssimasmúsicas pop, cujos videoclipes adoram comentar. O desenho animado “Beavis e Butt-Head” foi criado por Mike Judge e lançado pela MTV em 1992. Seu sucesso foi imediato. A dupla de adolescentes com péssimo desempenho escolar, atitudes anti-sociais, total ausência de inteligência e nenhum vestígio de heroísmo fez a alegria de adolescentes e adultos até novembro de 1997, quando o episódio “Beavis e Butt-Head Estão Mortos” encerrou a série.



Pôster do primeiro filme
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As Meninas Superpoderosas

Lindinha, Florzinha e Docinho são o resultado das experiências científicas malucas do Professor Utonium. Elas formam “As Meninas Superpoderosas”, uma animação criada por Craig McCracken e lançada em 1998 pelo Cartoon Network. A missão das garotas foi salvar o mundo durante seis temporadas, a partir da visão de três garotinhas do universo ao seu redor. Nesse período, a série ganhou dois prêmios Emmy. Temas divertidos, como um plano de dominação baseado num exército de baratas, e uma animação frenética e de cores intensas agradaram a jovens e adultos.



Bob Esponja
Capa do box da 4ª temporada
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O biólogo marinho e animador Stephen Hillenburg criou Bob Esponja Calças Quadradas, desenho que foi lançado pelo Nickelodeon em 1999. Em pouquíssimo tempo as histórias non-sense fizeram de Bob Esponja um ícone da cultura pop. Na animação, a vida de bizarros personagens no fundo do mar imita a dos humanos no mundo contemporâneo. O ingênuo Bob e seu amigo Patrick, uma estrela-do-mar de comportamento um tanto exótico, se metem em aventuras que trazem um humor sofisticado e muitas vezes surreal. A animação logo conquistou públicos de todas as idades e se tornou uma das mais cultuadas das últimas décadas.



South Park 
A primeira temporada de South Park, versão importada
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Quatro garotos do ensino fundamental – Eric Cartman, Stan Marsh, Kenny McCormick e Kyle Broflovski – são responsáveis por uma das críticas sociais mais ferinas que já apareceram na TV. Criado por Trey Parker e Matt Stone, o desenho animado “South Park” surgiu em 1997. Uma série de personalidades, comportamentos e instituições têm sido parodiados em historinhas que não poupam violência, palavrões e mau comportamento. Mas tudo isso faz parte de um humor inteligente e corrosivo. Apesar de ser mais rude e pesado do que “Os Simpsons”, a série segue na mesma linha de crítica bem-humorada à sociedade norte-americana.


fonte: comotudofunciona - UOL

quinta-feira, 23 de maio de 2013

As 10 melhores universidades do Brasil




De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é a melhor universidade do país no Índice Geral de Cursos. A avaliação é baseada na análise das condições de ensino, em especial aquelas relativas ao corpo docente, às instalações físicas, ao projeto pedagógico e ao resultado dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
O Índice Geral de Cursos (IGC) é uma das medidas usadas pelo Inep para avaliar as instituições de educação superior, públicas e privadas. O IGC tem uma pontuação variável de um a cinco pontos. Uma instituição que obtém pontuação abaixo de dois, a atuação é insatisfatória.
As 10 melhores universidades do Brasil são:
1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
2. Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG)
3. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/RS)
4. Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/SP)
5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/MG)
6. Universidade Federal de São Carlos (UFSCar/SP)
7. Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG)
8. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/RJ)
9. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM/MG)
10. Universidade Federal de Itajubá (Unifei/MG)
Todas elas obtiveram conceito 5, considerada a máxima pela avaliação do MEC.
Por Redação Eschola.com | Inep/MEC

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Curiosidades sobre a Idade Média


                                       Imagem retirada da internet - pode ter direitos autorais



O período conhecido como Idade Média começou com a desintegração do Império Romano do Ocidente (século V) e terminou com o fim do Império Romano do Oriente/Queda de Constantinopla (século XV). 

A Idade média é dividida em Alta Idade Média (do século V ao X) e Baixa Idade Média (do XI ao XV). 

O modo de organização social e político da Idade Média é conhecido como Feudalismo. A economia é baseada no trabalho servil, agricultura de subsistência e escambo. O comércio é quase inexistente. 

Muitos Estados modernos como Dinamarca, França e Portugal surgiram durante a Idade Média. A Espanha era dominada pelos mouros. 

As grandes propriedades rurais pertenciam aos senhores (chamados de mansos senhoriais). Aos servos, cabia apenas um lote para a agricultura de subsistência. Parte das terras dos senhores era doada à igreja. 

Uma curiosidade interessante: feudo é, na verdade, o nome que se dava às trocas feitas na época. 

As vilas em torno dos castelos dos senhores eram extremamente pobres, pequenas e povoadas por 60 pessoas em média. 

Os servos só podiam utilizar as instalações do castelo do senhor de terras (que comumente chamamos de “senhores feudais) mediante o pagamento de uma taxa. 

A floresta pertencia a todos e era praticamente uma área livre. O detalhe é que somente os senhores podiam caçar os grandes animais – aos servos restavam esquilos e coelhos. 

Na mesa, as pessoas comiam normalmente com as mãos. Até o início da Idade Moderna, era comum os convidados de um jantar levarem a faca de casa para cortar o alimento. 

Banhos? Os banhos estavam longe de serem diários (era um por ano, que tal?). As pessoas se banhavam em uma tina e o primeiro a se lavar era o chefe da casa. 

Era mais seguro tomar vinho e cerveja do que água, fornecida por rios e riachos das imediações. 

Mosteiros de várias ordens religiosas da Idade Média eram cercados de videiras. Os monges costumavam produzir e consumir o próprio vinho - talvez por que fosse mais seguro do que a água de péssima qualidade que se bebia na época. Aliás, durante a Idade Média, o vinho era usado como analgésico e anti-séptico. 

Na Idade Média, os gatos pretos eram vistos como bruxas transformadas em animais. Não demorou para serem perseguidos pela Inquisição. 

A Inquisição foi uma espécie de tribunal religioso criado na Idade Média (século XII) e dirigido pela Igreja Católica Apostólica Romana. Foi fundada pelo papa Gregório IX em 1231 com o objetivo de reprimir e castigar tudo o que fosse considerado heresia pela Igreja. 

Conta-se que a Inquisição foi criada inicialmente com o objetivo de combater os cátaros (ou albingenses), uma seita cristã com forte influência no Sul da França e Norte da Itália. 

As punições da Inquisição iam da privação de “benefícios espirituais” e prisões, do confisco de bens e morte na fogueira. 

Na Idade Média, acreditava-se que o inferno possuía infraestrutura e o diabo, diversos assessores, entre eles Nergal (demônio que comandava a polícia), Astaroth (tesoureiro do inferno), Abramalech (responsável pelo guarda-roupa de Lúcifer) e Baalberith (secretário de Lúcifer). 

Pazuzu é um antigo demônio assírio, filho do deus Hambi. Na Idade Média, era considerado o rei dos espíritos malignos. É Pazuzu quem atormenta a menina no filme O Exorcista. 

A maior parte das perseguições às bruxas não ocorreu, ao contrário do que se diz por aí, durante a Idade Média, mas no início da Idade Moderna ( do final do século XIV ao início do século XVIII). 

Venerava-se quase tudo que tivesse relação com os mártires (santos) da igreja e com Jesus. A obsessão por relíquias cristãs durante o período medieval permitiu o surgimento de inúmeras falsificações. Qualquer objeto que tivesse relação com a história e o corpo de Jesus era reinvindicado pelas comunidades religiosas. A manjedoura era propriedade da Igreja de Santa Maria Maior, em Roma. A Basílica de São João Latrão, também em Roma, dizia ser proprietária do umbigo sagrado e prepúcio divino. O chicote que supostamente teria açoitado Jesus estava na Basílica de São Bento, na cidade italiana de Subiaco. Isso sem contar os espinhos da coroa, que estavam espalhados por centenas de lugares diferentes. 

A medicina era quase inexistente. Quem normalmente fazia cirurgias eram os barbeiros. Um dos procedimentos mais comuns do período era a sangria, tratamento que retirava o “excesso de sangue” (chamado de pletora) do organismo. 

A peste negra, epidemia que assolou a Europa no final da Idade Média foi tão devastadora que 1/3 da população européia do século XIV foi dizimada no curto período de quatro anos, entre 1347 e 1351. 

Dos 140 monges de um convento em Montpellier, na França, apenas sete sobreviveram à peste. Aliás, o medo do contágio era tamanho que o papa suspendeu a extrema unção aos mortos. 

Ninguém suspeitou que a peste negra tivesse relação com a morte de milhares de ratos. Acreditava-se que ela era provocada pelo “ar ruim”, contra o qual receitava-se aspersão de água de rosas e queima de ervas. 

Para variar, a epidemia acabou provocando xenofobia e aumentando o preconceito religioso. As cidades eram fechadas para os forasteiros e os judeus e muçulmanos acusados de propagarem a doença. Dezenas de comunidades judaicas foram atacadas e milhares de judeus afogados ou queimados. 

Na Idade Média, as pessoas dormiam nuas. Quer dizer, nem tão nuas assim: elas usavam gorros para se protegerem do frio. Marido, mulher, filhos e mesmo as visitas compartilhavam o mesmo leito. 

O sexo era considerado pecado. O namoro, então, era praticamente inexistente. As uniões eram arranjadas e o noivo e a noiva da nobreza se conheciam no dia do casamento – antes disso, só podiam se conhecer através de retratos pintados à óleo. 

As meninas se casavam logo após a primeira menstruação e os meninos, com a idade aproximada de 18 anos. A família da noiva costumava pagar um dote a do noivo. 

Ainda em relação ao sexo: a homossexualidade era proibida e passível de pena de morte. A prostituição também era condenada, apesar de… acredite, metade do lucro das prostitutas ia para o clero. 

Mais uma sobre o sexo: o cinto da castidade foi inventado durante a Idade Média.Acredite se quiser, mas um dos locais mais animados do período era o cemitério. A população passeava, brincava e dançava entre os túmulos. Também era possível fazer compras (o açougueiro era apenas um dos comerciantes a dispor sua mercadoria sobre os jazigos) e participar de diversas cerimônias públicas. Os cemitérios serviam ainda para juízes comunicarem sentenças, padres darem o sacramento, pregadores intinerantes exortarem o povo ao arrependimento, prefeito informar suas medidas e, claro, de vez em quando alguém ser sepultado. 

Uma das figuras mais emblemáticas do período medieval é a do cavaleiro. Os cavaleiros geralmente pertenciam à nobreza. Começavam a ser iniciados aos 7 anos e aos 10, começavam a servir aos senhores “feudais”. O reconhecimento como cavaleiro só acontecia aos 20 anos. O ritual da sagração ocorria num combate simulado durante uma festa. Durante as cruzadas, os cavaleiros se transformaram em defensores da fé contra infiéis e hereges. 

As conhecidíssimas cruzadas ocorreram durante a Idade Média. Foram 9 cruzadas, a primeira em 1096 e a última, em 1272. 

Por falar em cruzadas, você já ouviu falar na Cruzadas das Crianças? Pois reza a lenda que em 1212 cerca de 40 mil crianças foram encaminhadas a Jerusalém a fim de conquistar a cidade para os cristãos mas… a maioria morreu ou foi escravizada no caminho.

Fonte:maisquecuriosidade.blogspot.com