segunda-feira, 18 de maio de 2015

APM - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES

Texto retirado na íntegra de: Cultura Escolar


1- O QUE É APM - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES?

 A Associação de Pais e Mestres é uma instituição auxiliar da Escola, criada com a finalidade de colaborar no aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na integração família-escola-comunidade. A APM é uma associação civil de natureza social e educativa, sem caráter político, racial ou religioso e sem finalidades lucrativas.

- 2- QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA APM?

• Colaborar com a direção do estabelecimento para atingir os objetivos educacionais pretendidos pela escola. • Representar as aspirações da comunidade e dos pais de alunos na escola. • Favorecer o entrosamento entre pais e professores possibilitando: a melhoria do ensino e aproveitamento escolar de seus filhos; a programação de atividades culturais e de lazer. • Contribuir para a conservação do prédio e colaborar na assistência escolar em áreas socioeconômicas e de saúde. • Contribuir para ampliar o conceito de escola para ser um centro de atividades comunitárias.

- 3- QUEM ADMINISTRA A APM?
A APM é administrada pelos seguintes órgãos:

Assembleia Geral - constituída pela totalidade dos associados é convocada e presidida pelo Diretor da Escola. Tem a obrigação de eleger o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal

Conselho Deliberativo - constituído de no mínimo, 11(onze) membros, sendo o Diretor da Escola o seu presidente nato e os demais componentes distribuídos na seguinte proporção: 30% dos membros serão professores; 40% dos membros serão pais de alunos; 20% dos membros serão alunos maiores de 18 anos; 10% dos membros serão sócios admitidos( ex- alunos, ex-professores).
Cabe ao Conselho Deliberativo eleger os membros da Diretoria Executiva e divulgar os nomes dos escolhidos a todos os associados.

Diretoria Executiva – constituída por: Diretor Executivo, Vice-Diretor Executivo, Secretário, Diretor Financeiro, Vice-Diretor Financeiro, Diretor Cultural, Diretor de Esportes, Diretor Social, Diretor de Patrimônio.

Conselho Fiscal - constituído de 3 (três) elementos, sendo 2 (dois) pais de alunos e 1 (um) representante do quadro administrativo ou docente da Escola. Obs: a APM deverá ser constituída anualmente e o mandato dos conselheiros e dos Diretores será de l (um) ano, sendo permitida a recondução por mais duas vezes.

- 4- COMO POSSO PARTICIPAR DA APM?
A APM é aberta a todos os membros da comunidade, pais e professores que, voluntariamente trabalham em prol da Escola. Procure a direção da escola e manifeste a sua intenção de participação

- 5- A ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES DEVE SER REGISTRADA EM CARTÓRIO?

Sim, por tratar-se de pessoa jurídica de direito privado deverá ser feita a requisição da inscrição do estatuto da APM e da ata de eleição de seus membros, junto ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

- 6- PAGAMENTO DE TAXA DA APM É OBRIGATÓRIO?

A contribuição financeira para a APM é sempre facultativa. No início de cada ano letivo e após o encerramento do período de matrículas, serão fixadas a forma e a época para a campanha de arrecadação das contribuições dos associados.

- 7- A APM DEVE PRESTAR CONTAS À COMUNIDADE?

Sim, a APM é obrigada a expor seus balanços e balancetes na escola, em lugar de fácil acesso à comunidade.

LEGISLAÇÃO SOBRE O ASSUNTO

Decreto n.º 12.983, de 15/12/1978, estabelece o Estatuto Padrão das Associações de Pais e Mestres; Alterado pelo Decreto n.º 48.408/04; alterado pelo Decreto nº 50.756/06 ; LEI Nº 14.689, DE 04/01/2012 Institui o Programa “Aprimoramento da Gestão Participativa”, destinado às Associações de Pais e Mestres – APM’s das Escolas Estaduais, e dá providências correlatas Resolução SE 21, de 10-2-2012 Dispõe sobre a implementação do Programa “Aprimoramento da Gestão Participativa”, destinado às Associações de Pais e Mestres – APMs, instituído pela Lei 14.689, de 4 da janeiro de 2012.
Fonte: SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
http://www.educacao.sp.gov.br/
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Para cumprir o dever legal e social de ter um relacionamento de qualidade com as famílias, NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR elaborou uma lista com 13 ações, que vão desde o acolhimento no começo do ano letivo até as atividades de integração social.

Convidar os pais para conhecer as instalações e, principalmente, a equipe pedagógica e os funcionários é fundamental para que eles se apropriem do espaço e se sintam à vontade para fazer parte dele. Esse momento pode acontecer antes ou após a matrícula e serve para que os gestores exponham o funcionamento e a rotina da escola e informem sobre as atividades extraclasse. Explique a finalidade de cada ambiente e a função dos profissionais que ali trabalham, apresentando-os pelo nome. Aproveite para compartilhar as regras de funcionamento previstas no Regimento Escolar. Ao comunicá-las aos pais, abre-se um canal de diálogo sobre os direitos e deveres de cada um. Se possível, faça com que os professores conheçam os familiares antes do início das aulas.

Conhecer para quem se trabalha. As matérias-primas de qualquer relação humana são o interesse, a compreensão e o respeito. Para que a escola tenha uma parceria efetiva com as famílias e direcione as ações que favoreçam a aprendizagem, ela precisa saber quem é o seu público. O ato da matrícula é o momento ideal para a primeira entrevista. Aborde assuntos como a história de vida da criança e a experiência escolar anterior. Conversas individuais com pai e mãe ao longo do ano ajudam a identificar as habilidades dos alunos que possam ajudar professores e coordenadores a traçar as melhores estratégias de ensino. "O princípio do educador é acreditar no ser humano. Toda criança tem um potencial e a colaboração com as famílias é um atalho para descobrir uma forma eficaz de cada aluno avançar", afirma a psicopedagoga Valéria Dias Gomes, do Centro Universitário do Triângulo, campus Uberlândia, a 550 quilômetros de Belo Horizonte.

No documento mais importante da escola, já devem estar previstas as possíveis contribuições das famílias. Exemplos: pais, mães e avós podem ser convidados para falar durante o desenvolvimento de atividades sobre profissões e brincadeiras de infância. Dessa forma, a escola valoriza os conhecimentos da comunidade e fortalece o vínculo com ela. No projeto político pedagógico, podem estar listadas outras ações institucionais, como campeonatos entre pais, oficinas em que a família constrói brinquedos, rodas em que os pais contam histórias ou escutam as lidas pelos alunos e os eventos de finalização dos projetos desenvolvidos pelas turmas com a presença dos pais.

"A reunião para falar mal dos estudantes e compartilhar somente problemas não serve para nada. Os encontros devem mostrar as intenções educativas da escola e a evolução da aprendizagem e discutir estratégias conjuntas para melhorá-la", acredita Pedro de Carvalho da Silva, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, em Portugal. Durante a pesquisa As Escolas e as Famílias em Portugal - Realidade e Perspectivas, com famílias consideradas ausentes da Educação dos filhos, o professor verificou que o principal motivo da não-participação era a pauta das reuniões: "Elas eram chamadas para ouvir comentários negativos sobre os filhos ou sobre a maneira de educar em casa". Na EE Leopoldo Miranda, em Belo Horizonte, o foco dos encontros é sempre a aprendizagem. E isso desde a primeira reunião, em que os pais dos 1,4 mil alunos ocupam o pátio da escola. No evento, a diretora, Lilianne Marino, entrega o calendário e as regras da escola e apresenta o projeto político pedagógico. Ela faz um balanço do ano anterior e informa sobre as metas, organizadas em uma planilha e classificadas por cores: em verde estão as que foram atingidas e em vermelho aquelas em que a escola precisa melhorar. Nas outras reuniões, os pais são convidados para ver produções dos filhos e recebem um relatório sobre os avanços na aprendizagem.

Uma medida simples e bastante eficiente para garantir uma reunião com um quórum significativo é marcá-la em data e hora que permitam aos pais comparecer. Todos sabem que homens e mulheres enfrentam duplas jornadas, dividindo o dia entre os afazeres de casa e os profissionais. Não adianta agendar a reunião para as 15 horas de uma quarta-feira porque a sala ficará vazia. O ideal é fazer uma enquete com as famílias para saber quais são os horários mais adequados à maioria. Informe com antecedência o dia do encontro, assim como a pauta, o tempo de duração e os momentos previstos para as falas de pais, gestores e professores.

Ao compartilhar com a comunidade o que as crianças fazem em sala de aula, os gestores mostram o que importa no processo. É possível expor as produções dos alunos nos diferentes espaços da escola e da comunidade durante o ano, de modo que todas as turmas tenham a possibilidade de mostrar o que aprenderam. Assim, os alunos saberão respeitar as atividades realizadas pelos colegas e os pais terão a oportunidade de acompanhar a produção dos filhos. Portfólios, cadernos, avaliações e trabalhos coletivos e individuais são os registros materiais que documentam os avanços da garotada. Eles devem estar sempre em ordem, apresentáveis e disponíveis para os pais.

Ferramentas tradicionais, como murais, bilhetes, diário dos alunos e demais comunicados impressos, são instrumentos que servem para informar sobre o funcionamento da escola, prestar contas, convocar reuniões e compartilhar os projetos em andamento. Na era da informática, as escolas com computador e acesso à internet podem ter outros canais de comunicação que facilitem a interação. A criação do site da escola com espaço para comentários dos visitantes, de listas de discussão, fóruns e blogs é um exemplo. Os resultados de avaliações como a Prova Brasil e as feitas por sistemas estaduais e municipais, pela importância que têm para o diagnóstico da escola e o planejamento de ações futuras, não devem ser comunicados por escrito. Eles merecem ações mais formais de divulgação. Para eles, convoque uma reunião específica com pais, funcionários e equipe pedagógica da escola para discutir os dados.

As associações de Pais e Mestres APMs são organizações da sociedade civil que dão apoio às questões financeiras em prol das necessidades pedagógicas e administrativas. Enquanto os conselhos têm uma função basicamente consultiva, as APMs constituem, pela sua natureza jurídica, os braços executores. Elas podem receber recursos públicos vindos de programas oficiais - como o Programa Dinheiro Direto na Escola, do governo federal, e outros específicos das redes às quais pertencem - e têm a possibilidade de arrecadar contribuições da comunidade. Além dos pais, elas serão mais representativas se contarem com a presença de professores que ainda estão na ativa e aposentados, alunos e ex-alunos que ainda mantenham vínculo com a instituição e moradores e empresários da comunidade. A participação deve ser aberta a todos os interessados. Contudo nada impede que um convite pessoal seja feito para aqueles que acompanham mais de perto a vida da escola. Algumas redes estaduais e municipais têm normas que regulamentam a formação das APMs. Procure se informar sobre o estatuto da sua região na Secretaria de Educação e procure os materiais distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Educação (MEC)

É no conselho escolar que são debatidas a aplicação dos recursos financeiros, a compra de materiais pedagógicos e as estratégias adequadas para a superação dos mais variados problemas relacionados com o dia a dia da instituição. Quando ele é bem estruturado, ajuda o gestor a definir a personalidade da escola. Os conselheiros passam a ser verdadeiros parceiros na tomada de decisões para a melhoria da qualidade do ensino, tornando a gestão mais democrática. Algumas redes têm normas que regulamentam a formação dos conselhos. O MEC também disponibiliza material para a implantação nas escolas. O conselho da EMEF Jean Piaget, em Porto Alegre, é muito ativo graças à integração entre gestores e famílias. "Desde o início, chamamos para participar pais e professores que tinham uma forte ligação com a escola e a comunidade. Como estavam sempre presentes, já sabiam das necessidades e estavam dispostos a colaborar por um objetivo comum", conta a vice-diretora, Sabrina Garcez. Em uma das reuniões, os gestores mostraram o quanto a evasão prejudicava a avaliação e a imagem da escola. Os membros do conselho decidiram conversar com as famílias. Foi assim que Mário Virgulino e Nilza Satim conseguiram que Everton Gabriel Araujo, neto de Maria Lurdes Macedo, retornasse às aulas. "Em dois anos, reduzimos em 95% a evasão e o nosso projeto se tornou modelo para a cidade", afirma Paulo Alécio Muhl, diretor da Jean Piaget.

A escola pode abrir a quadra, o pátio e até as salas de aula para pais e vizinhos e oferecer atividades esportivas, culturais e sociais quando esses ambientes não estiverem sendo utilizados pelos alunos. Para que essa iniciativa dê certo, é preciso que a gestão estabeleça normas claras e organize os horários adequados para garantir a segurança dos usuários e do patrimônio, além da utilização compatível com os objetivos da escola. Essa ação tem sido transformada em políticas públicas por algumas redes, que a incentivam e dão subsído para que ela aconteça, na medida em que atende a uma necessidade do público por um lugar organizado para o lazer. A comunidade, por sua vez, passa a respeitar o espaço que utiliza.

"Sempre que possível, a escola deve ser uma referência para as famílias, ajudando-as a compreender melhor os filhos e a realidade. Ela pode levantar o debate sobre as questões sociais e culturais mais presentes no cotidiano da comunidade", acredita Maria do Carmo Brant, do Cenpec. Encontros com especialistas em saúde, nutrição, aprendizagem, higiene e debates sobre violência e psicologia infantil são assuntos que interessam a todos. Além disso, é uma forma de, por meio da informação e da análise, favorecer a transformação do entorno.

Sair da escola para conhecer o bairro, a residência e os pais dos estudantes pode ser uma experiência e tanto para gestores e docentes. Com essa prática, eventuais problemas de comportamento ou dificuldade em sala de aula têm mais chances de ser compreendidos e resolvidos. Em Taboão da Serra, município da Grande São Paulo, o Programa de Interação Família e Escola, no qual professores e diretores visitam a casa dos alunos, transformou a realidade do município e da Educação local, melhorando a aprendizagem e reduzindo a evasão. Para que uma iniciativa assim dê certo, é preciso organizar um calendário e verificar quais membros da equipe estão dispostos a participar, assim como as famílias que aceitam receber os educadores.

Assim como as atividades esportivas e culturais, as festas não devem ser as únicas oportunidades para contar com a presença de pais e mães na escola. Contudo, elas são ótimas chances para criar uma relação mais próxima e conversar sobre os filhos. As famílias mais presentes até assumem a organização de eventos e outras iniciativas propostas pela escola. Na EMEF Jesus de Nazaré, em Açailândia, a 600 quilômetros de São Luís, pais como José Silva dos Santos estão sempre presentes para ajudar no dia a dia da escola. Em eventos como a tradicional Festa Junina, ele aproveita para pendurar bandeirinha com o professor de Educação Física, Ezau Souza, e conversar sobre o desempenho do filho. "A presença deles nas comemorações é só parte do que acontece durante o ano todo", diz a diretora, Marta Gomes. A política de portas abertas da gestora deixa os pais à vontade para que frequentem a escola não somente nas reuniões, mas sempre que precisam tirar dúvidas e se informar sobre os filhos. "Deixo claro que não há ninguém melhor do que eles para cobrar o bom desempenho dos professores e da equipe gestora." Porém alguns cuidados são necessários ao planejar as comemorações: as festas não podem desrespeitar a liberdade religiosa das famílias nem ter participação obrigatória.

fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/
http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/escola-familia-495924.shtml

terça-feira, 14 de abril de 2015

Infância sem racismo

Retirado na íntegra de: Unicef Brasil

 Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo

1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!
3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Fotos: João Ripper e Manuela Cavadas – © UNICEF


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Para trabalhar a cultura indígena: 13 livros sobre histórias indígenas e o Folclore brasileiro

Dicas de livros que apresentam o universo indígena ao leitor


Texto de:  Mariana Queen
 Retirado na íntegra  http://educarparacrescer.abril.com.br

Foto: Thays Aguiar
Foto: Conheça nossas raízes culturais a partir da literatura indígena!
Conheça nossas raízes culturais a partir da literatura indígena!


Literaturas que valorizam as diferenças e a diversidade cultural dos povos indígenas são ótimas pedidas para abordar os conteúdos exigidos pela lei 11.645, que obriga o ensino da história e da cultura indígena nas escolas de Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada de todo Brasil. Veja 10 dicas de livros recomendados para pais, filhos e professores sobre o tema. Confira também os sites de alguns dos principais autores indígenas da atualidade: Daniel Munduruku; Olivio Djekupe e Eliane Potiguara.







1. Aldeias, palavras e mundos indígenas

Autor: Valéria Macedo

O livro, escrito por Valéria Macedo e ilustrado por Mariana Massarani, convida os mais jovens a uma viagem pela cultura indígena, como os Yanomami e Krahô. Através do vocabulário você pode aprender como se diz "casa" na língua de diferentes tribos e entender melhor como vivem e se organizam.
2. Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros

Autor: Waldemar de Andrade e Silva

Nesse livro os escritor e artista plástico Waldemar de Andrade e Silva apresenta lendas e indígenas que marcaram sua convivência de oito anos com indígenas da Região do Xingu, no norte do Mato Grosso. A obra também é ilustrada pelo autor.
3. Contos e Lendas dos índios do Brasil

Autora: Antonieta Dias

O livro traz diversos contos relacionados à cultura indígena. As crianças vão saber de histórias que poderão ser contadas e lembradas durante toda vida, como "O roubo do fogo" e "Astúcias do Jabuti".
4. Quem tem medo de Papangu

Autora: Goimar Dantas

A autora brinca com o imaginário e com a possibilidade de rimas em histórias infantis para contar sobre uma personagem que assombrava as festas do Nordeste, num tempo muito antigo. Era tanta gritaria, arruaça, perturbação, que o jeito foi inventar um certo bicho-papão chamado o papangu. Na obra, as ilustrações são uma aventura a parte para crianças de todas as idades.
5. Iracema

Autor: José de Alencar

Uma flechada no inimigo sela o amor entre Iracema, índia das terras tabajaras e Martim Soares Moreno, guerreiro branco, perdido nas matas, amigo dos índios pitiguaras. A partir desse encontro torto a trama se desenvolve em meio a ciúmes e brigas entre povos indígenas. A obra também é conhecida com "Lenda do Ceará", onde se passa a história, e se aproxima do que podemos chamar de epopéia sobre a origem do povo brasileiro, miscigenado e filho de índios com brancos, além de outras tantas misturas.
6. Caçadores de aventura

Autor: Daniel Munduruku

Cinco pequenos garotos curumins (crianças indígenas) saem pela floresta em busca de muita aventura, mas acabam se perdendo. Para sobreviverem sozinhos na mata, os pequenos terão que enfrentar diversos perigos, como os devoradores de almas. As surpresas se matem até o final. O livro faz parte da coleção Crônicas Indígenas e está repleto de ilustrações interessantes para as crianças.
7. O selvagem

Autor: General Couto de Magalhães

O livro é imperdível para quem deseja conhecer o Brasil a fundo: as origens de seu povo, a natureza e as influencias dos costumes e das línguas dos indígenas na em meio a isso. Apesar do nome trazer um sentido contrário, a obra desmistifica a colonização brasileira como aquela que só foi possível por conta dos europeus ditos civilizados. Assim, valoriza a cultura dos índios na formação do Brasil.
8. Tekoa: Conhecendo uma aldeia indígena

Autor: Olívio Jekupé

O leitor acompanhará a viagem do menino Carlos pela Aldeia Tekoa. O garoto da cidade sempre sonhou conhecer uma aldeia indígena, então decide passar férias de um mês em uma muito especial. Observando a cultura dos índios de Takoa, Carlos tem uma experiência inesquecível que lhe trará conhecimentos sobre suas próprias origens, sobre a sua própria vida.
9. O Guarani

Autor: José de Alencar

Em mais uma de suas tramas românticas que têm a colonização brasileira como pano de fundo, José de Alencar explora a paixão entre um indígena, Peri, e uma descendente de portugueses, Cecília. Depois de salvar a vida da mocinha por três vezes durante a história, o final do casal-amigo surpreende os leitores. A obra também é regada por muitas lutas entre os povos indígenas e os descendentes lusos.
10. Metade cara, metade máscara

Autora: Eliane Potiguara

O livro conta a história de um casal indígena que foi separado durante a colonização brasileira. Os dois viajam por todas as Américas, durante cinco séculos, em busca um do outro. Refletindo sobre a violência e destruição de laços familiares e étnicos no processo de colonização do país, a autora trata de temas como relações humanas, paz, identidade, ancestralidade e família.
11. Câmera na mão, O Guarani no coração

Autor: Moacyr Scliar

A obra é uma releitura do livro "O Guarani" de José de Alencar- veja sinopse acima. Com uma linguagem informal e em um contexto contemporâneo, Moacyr Scliar reproduz os principais trechos do livro original em meio a uma nova história. Nela, um grupo de jovens apaixonados por cinema participa de um concurso de vídeo amadores a partir da filmagem de uma cena do livro "O Guarani". Para isso, os amigos da trama estudam a obra de Alencar e a comparam com atualidade. Uma verdadeira aula para os leitores da nova geração.
12. Preta, parda e pintada

Autor: Helena Gomes

Livro composto por nove contos inspirados na tradição oral dos índios Bororo. Hoje, em grande parte, esse povo indígena habita o Mato Grosso. A autora refaz literariamente lendas e mitos: aí encontramos narrativas que exploram a relação do homem com as plantas e os bichos, as origens do mundo e da cultura, histórias que fundam rituais.
13. Vou Lá Buscar a Noite e Já Volto

Autor: Susana Ventura

Aqui, Susana Ventura recria literariamente nove narrativas orais indígenas dos povos Kayapó. Uma excelente maneira de entrar em contato com esse universo lendário e fantástico. Kayapó é o nome de um grupo de línguas indígenas que pertencem ao tronco Jê. Além disso é também o nome geral que se costuma dar aos índios que falam essas línguas.
14. Kuery

Autor: Júlio Emílio Braz

O livro é composto por cinco histórias que tratam de lendas e tradições indígenas, entre elas o surgimento do açaí, como as estrelas apareceram no céu e o significado da planta piripiri. As belas ilustrações são de Weberson Santiago.