domingo, 23 de junho de 2013

Reforço Escolar

Pais e responsáveis sempre analisam a possibilidade de contratar um professor particular para os seus filhos quando eles não apresentam bom rendimento escolar durante o ano letivo e, principalmente, quando estão em risco de perder o ano. Contratar um professor particular para efetuar o reforço escolar  revela deficiências cognitivas do aluno ou falhas no processo de ensino da instituição de educação.

reforco escolarNo final de ano, os estudantes  estão ansiosos para entregar as últimas provas, trabalhos curriculares, tirar boas notas e decretar férias, porém, quando não obtiveram bons resultados no decorrer do ano, a aprovação fica comprometida. Para tentar recuperar o tempo perdido e superar o peso das notas vermelhas, os pais resolvem contratar professor particular, colocando o estudante num processo de mini-intensivo de final de ano.

Em maio de 2013, durante o 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, o então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou a implementação de aulas de reforço nas matérias de português, matemática e ciências que seriam lecionadas gratuitamente nas redes públicas de ensino no período do contraturno das aulas regulares.
A ideia do projeto foi criada em 2010, na gestão do ex-ministro Fernando Haddad. O projeto “Mais Educação” visava oferecer aulas de reforço na extensão da jornada diária escolar. Em 2013, o programa já atendia cerca de 45.000 escolas da rede pública do Brasil. As escolas participantes do programa recebiam apoio financeiro para implementar as atividades.
Reforçar o aprendizado dentro das escolas é um caminho a ser seguido, mas, caso o  aluno ainda não tenha acesso gratuito ao reforço escolar, seja na escola pública ou particular, os pais e responsáveis devem saber detectar qual o momento mais necessário para se contratar um professor particular, leia a seguir algumas orientações:


Como ajudar o aluno com dificuldades sem recorrer ao reforço escolar?
Desde o início do ano, é imprescindível que os pais acompanhem o dia a dia escolar de seus filhos, fiscalizando a realização dos deveres de casa (que servem como reforço de aprendizado das matérias lecionadas em sala), a conclusão de trabalhos de pesquisas, e detectando em qual matéria o aluno apresenta maior dificuldade.

Como perceber que o aluno necessita de ajuda de um professor particular?
Quando as primeiras notas do ano estiverem muito baixas, acompanhadas de baixo estímulo e interesse. As dificuldades podem ser percebidas diretamente pelos pais ou informadas pela própria escola.

O que fazer antes de contratar um professor particular?
Verifique com a coordenação da escola se é realmente necessário contratar um reforço escolar. Ao contratar um professor, verifique suas qualificações, seriedade e indicações. Não jogue dinheiro e tempo fora. Em todos os casos, é aconselhável estimular o aluno a gostar de ler e estudar.

Texto extraído de: infoescola.com
Autoria:Fernando Rebouças

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Alfabetização

  Forma de obter acesso ao conhecimento acumulado pelo homem por meio da escrita, a alfabetização  é um dos grandes problemas com que se defrontam os países menos desenvolvidos, em função do crescimento demográfico.
Alfabetização é a maneira de se transmitir o domínio sobre o conjunto de signos que compõem o código linguístico escrito (o alfabeto),  a fim de que por meio desse código o indivíduo se comunique, seja pela emissão da mensagem (escrita) ou por sua recepção  (leitura). Para ser alfabetizado não basta aprender a desenhar o nome, é preciso saber utilizar-se com desembaraço da leitura e da escrita no cotidiano.
Entre os diversos métodos empregados para a alfabetização, alguns remontam a milênios e outros são recentes e bastante inovadores. Os principais métodos são o sintético, que parte da letra e da sílaba para a palavra (soletração), e o analítico, que parte de frases inteiras e as decompõe nos elementos constitutivos, as palavras. Ambos são largamente utilizados e um não exclui o outro. Em geral, a alfabetização ocorre na infância, depois que a criança já conseguiu dominar determinadas funções, processos mentais e motores. Os jardins de infância e estabelecimentos semelhantes destinam-se a estimular esse desenvolvimento, através de atividades lúdicas, música e dança. Em seguida, esse processo é aperfeiçoado pelo ensino formal, ministrado em escolas e colégios.


Alfabetização de adultos

Por diversas razões, é muito grande o número de pessoas que não tiveram acesso ao ensino escolar na fase da infância. Em quase todo o mundo elas formam um enorme contingente de analfabetos, que se vêem privados da participação plena nas possibilidades culturais oferecidas pela sociedade em que vivem. Esse problema é mais premente nos países menos desenvolvidos, pois não têm condições de estabelecer uma rede de ensino que atenda a suas populações. O problema agrava-se devido ao crescimento demográfico contínuo e acelerado que se verifica nesses países. Os países desenvolvidos, além de terem estabelecido, há muito tempo, uma rede de ensino eficiente, têm índices de crescimento demográfico baixos, estáveis ou até negativos.
A preocupação com o combate do analfabetismo tem levado muitos países a empreenderem campanhas maciças de alfabetização. A princípio, os resultados mostram-se bastante animadores.
No entanto, quando cessa o empenho inicial e os alfabetizadores deixam a região, a população local retorna a um estado de analfabetismo prático. Para se obter resultado duradouro, é fundamental a criação de uma infra-estrutura eficaz, com a rápida formação de pessoal para a tarefa, o estabelecimento de condições para que se mantenha e desenvolva o aprendizado, a adequação de métodos e a motivação econômico-social do grupo-alvo.

Atuação da UNESCO: Nesse esforço, tem sobressaído a atuação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que vem prestando colaboração a muitos países menos desenvolvidos, em várias partes do mundo. A UNESCO patrocinou as campanhas do pedagogo brasileiro Paulo Freire, realizadas no Brasil (1961-1964) e no Chile (1964-1967), com base no método que leva seu nome, compreendendo a criação dos "centros populares de cultura", que promoviam a alfabetização a partir de palavras do universo semântico da população-alvo (no caso de lavradores, por exemplo, seriam termos ligados ao cultivo da terra, de uso diário entre eles) e permaneciam no local, estimulando o desenvolvimento da habilidade adquirida. A campanha empreendida em Cuba, a partir de 1961, reduziu o índice de analfabetismo ao nível dos países mais cultos do mundo, sendo considerada exemplar.
Caso à parte é o das línguas ágrafas, que, embora faladas pela população, não possuem expressão escrita. A UNESCO tem cooperado na elaboração de material didático em algumas línguas nativas, com intuito de pôr fim à situação anômala de alguns países em que os cidadãos que sabem ler e escrever, além de constituírem uma minoria, só conseguem fazê-lo em um idioma alheio, imposto à força pelos anos de dominação colonial ou devido à total inexistência de documentos escritos em sua própria língua.


Alfabetização e Letramento

AlfabetoO homem sempre sentiu necessidade de se comunicar com seus semelhantes e de registrar o que via e percebia do mundo ao seu redor.
Na Pré-História, houve tentativas humanas de transmitir mensagens por meio de desenhos, sinais e imagens, mas isso ainda estava longe da criação da escrita. Somente após a elaboração de um conjunto organizado de signos (símbolos) que surgiu propriamente a escrita, tornando mais fácil a expressão dos pensamentos. Esse processo foi longo e gradual, de tal maneira que a história da escrita se funde à história da própria humanidade.
As civilizações que habitavam a região onde hoje encontramos o Oriente Médio criaram, por volta de 4000 a.C., os primeiros alfabetos, que nada mais eram do que pictogramas (desenhos simplificados) que refletiam seus hábitos e culturas.
Na antiga civilização dos sumérios, surgiu a escrita cuneiforme. Outra grande civilização que fazia uso da escrita pictográfica era a dos egípcios. Vale ressaltar que cada civilização desenvolvia tipos diferentes de ideogramas figurativos, ou seja, embora todos utilizassem desenhos para a formação do alfabeto, cada povo possuía o seu conjunto de símbolos de acordo com a realidade de cada civilização.
A importância do surgimento da escrita para a história das civilizações é tão grande que é considerada como um marco fundamental do desenvolvimento.


Pressupostos Teóricos

A escrita funciona como um elemento organizador da atividade social, como instrumento de registro e documentação. Sua invenção resultou do desenvolvimento dos grupos humanos e, principalmente, da necessidade de fazer registros, de anotar coisas e de ampliar a capacidade de armazenar e de registrar informações importantes.
A apropriação da escrita é um processo complexo e multifacetado, que envolve tanto o domínio do sistema alfabético/ortográfico quanto à compreensão e o uso efetivo e autônomo da língua escrita em práticas sociais diversificadas. A partir da compreensão dessa complexidade é que se tem abordado alfabetização e letramento como processos diferentes e complementares.
Historicamente o conceito de alfabetização se identificou ao ensino aprendizado da “tecnologia da escrita” do sistema alfabético de escrita, o que em linhas gerais significa na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos transformando os em sons e na escrita à capacidade de decodificar os sons da fala transformando-os em sinais gráficos. (BRASIL, 2007).
Na década de 80 o conceito de alfabetização foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, particularmente com os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky.
De acordo com estes estudos o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondência entre grafemas e fonemas, mas se caracterizaria como um processo ativo por meio do qual a criança, desde os seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação.
Progressivamente o termo passou a designar o processo não apenas de ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação, mas também o domínio dos conhecimentos que permitem o uso dessas habilidades nas práticas sociais de leitura e escrita.
É diante dessas exigências que surge uma nova adjetivação para o termo alfabetização funcional, criada com a finalidade de incorporar as habilidades de uso da leitura e da escrita em situações sociais e posteriormente, a palavra letramento.
Tendo em vista que a leitura é condição essencial para que se possa compreender o mundo, os outros, as próprias experiências e a necessidade de inserir-se no mundo da escrita, torna-se imperativo que o aluno desenvolva habilidades lingüísticas para que possa ir além da simples decodificação de palavras.
Assim, “letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e a escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter se apropriado da língua escrita e ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita”.
Deste modo, em um ambiente escolar, as contribuições trazidas pelos alunos devem ser partilhadas e acrescidas mediante a contribuição do professor, que aprende, ensina e interage na construção desse conhecimento cada vez mais enriquecido.
Segundo Magda Soares, dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento.
Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização.
A aquisição da leitura e da escrita está relacionada ao desenvolvimento da capacidade simbólica do ser humano. Leitura e escrita não se desenvolvem naturalmente como a fala, pois envolvem funções diferentes do cérebro.
Tornar-se alfabetizado – ter domínio da escrita alfabética – é um direito de todos, mas para que se possa formar um cidadão letrado precisa-se escolarizar as práticas sociais de leitura e escrita a partir de situações reais de comunicação.
Conforme Kleiman (2002), a cristalização do termo letramento, nos meios acadêmicos, deu-se pela necessidade de se desvincular os estudos sobre alfabetização, no sentido restrito, como já discutimos (competência/capacidade individual de uso e prática da escrita), dos estudos sobre letramento (práticas letradas sociais, culturalmente determinadas) justamente pela diversidade, complexidade e amplitude do fenômeno letramento: o conceito de letramento começou a ser usado nos meios acadêmicos numa tentativa de separar os estudos sobre o "impacto social da escrita" dos estudos sobre alfabetização, cujas conotações escolares destacam as competências individuais no uso e na prática da escrita (KLEIMAN, 2002, p. 15).
Para Soares (2001), cabe à escola alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo aprenda, ao mesmo tempo, o domínio do código escrito e os usos sociais da escrita. Dessa forma, o processo de alfabetização coloca como pano de fundo o letramento escolar: inserir, em um contexto específico, no caso a escola, diferentes práticas cotidianas de leitura e de escrita. Segundo esta autora, a escola pode ensinar o educando a buscar informações nos jornais, revistas, livros e fazer uso delas. Pode ensiná-lo a seguir instruções, escrever um bilhete ou uma lista de compras. Pode até auxiliá-lo a descobrir a si mesmo, através do envolvimento com a leitura e com a escrita.
Portanto, sugere-se que para o professor alfabetizar letrando é necessário que, primeiramente, ele obtenha informações sobre as práticas sociais que fazem parte do cotidiano do aluno, adequando-as à sala de aula e aos conteúdos a serem trabalhados; desenvolva no aluno a prática de reconhecer e utilizar os diferentes gêneros textuais que circulam na nossa sociedade; incentive-o a utilizar a leitura e a escrita de forma criativa, descobridora, crítica, autônoma e ativa, e, principalmente, desenvolva uma metodologia avaliativa sensível, preocupado com a pluralidade de vozes e a variedade de discursos e linguagens diferentes, reconhecendo o conhecimento que o educando já traz na sua bagagem cultural, e respeitando, acima de tudo, esse conhecimento.
Por fim, acredita-se que com a inclusão da prática do letramento contribui-se com a formação do cidadão, promovendo novas formas de relações no indivíduo, desenvolvendo nele capacidades múltiplas de interação com a sociedade ao abrir caminho para o acesso aos conhecimentos do mundo no qual ele vive. Essas são as implicações de alfabetizar letrando.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações para a Inclusão da criança de seis anos de idade/organização do documento: Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento.- Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. Publicada no Diário Oficial da União em 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento. Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Alfabetização e Linguagem. Fascículo I. Brasília. 2007.
CAVÉQUIA. Márcia Paganini. Alfabetização/Márcia Paganini Cavéquia. São Paulo: Scipione, 2004. – (A escola é nossa)
CÓCCO. Maria Fernandes. ALP: Alfabetização, análise, linguagem e pensamento: um trabalho de linguagem numa proposta socioconstrutivista/Maria Fernandes Cócco, Marco Antônio Hailer. São Paulo: FTD, 1995.
JUNG, Brigitte Klemz. Fundamentos do letramento e da alfabetização/Brigitte Klemz Jung, Rosi Valéri Corrêa Araújo. - Blumenau: Edifurb: Gaspar: ASSEVALI Educacional, 2008.
SOARES. Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26a Reunião Anual da ANPED – GT Alfabetização, Leitura e Escrita. Poços de Caldas, 7 de outubro de 2003.
STEINLE. Marlizette Cristina Bonafini et al. Instrumentação do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental/ Marlizette Cristina Bonafini Steinle; Elaine Teixeira França; Érica Ramos Moimaz; Ana Maria de Souza Valle Teixeira; Sandra Regina dos Reis Rampazzo; Edilaine Vagula. Londrina: Editora UNOPAR, 2008.
ZÓBOLI. Graziella. Práticas de Ensino: Subsídios para a atividade docente. São Paulo. Ática: 1996.
Por: Iara Maria Stein Benítez e Fábio Tsukayama - Atualizado em 01/03/2012

 Texto extraído na íntegra de: coladaweb.com.br

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A origem do Homem - parte l

Origens da humanidade

Você já deve ter tido a curiosidade de saber como surgiu a espécie humana no planeta em que vivemos, não é mesmo? Essa curiosidade não é só sua. Muitos pesquisadores e cientistas têm estudado para descobrir como se deu a origem do ser humano na Terra.
Quanto mais a ciência se desenvolve, mais avançados são os recursos científicos que esses pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas possibilidades para explicar a origem humana. Assim, como um quebra-cabeça, cada nova descoberta vai completando o nosso conhecimento sobre o tema.
Entre as diversas explicações para o aparecimento do ser humano na Terra, duas se destacam pelo amplo debate que provocaram: o criacionismo, defendido por judeus e cristãos, e a teoria da evolução

A criação

Durante muito tempo, os sábios idealistas sustentaram a teoria do limite intransponível entre o homem e os animais. Essa concepção se baseava no mito bíblico da criação do homem por Deus, que o teria feito "à sua imagem e semelhança".
A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais.
Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca resposta para essa questão. Neste âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.
A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa, atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança.

O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, sendo que algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.

Pintura feita por Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Palácio do Vaticano, em 1510, que representa a criação do homem por Deus, à sua imagem e semelhança.

Texto extraído na íntegra de: sohistoria.com.br

domingo, 9 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte Vll

Asteróides
Um asteróide é um corpo menor do sistema solar, geralmente da ordem de algumas centenas de quilômetros apenas. São milhões de corpos rochosos que giram ao redor do Sol. Da Terra, só podem ser observados por meio de telescópio. Entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter, encontra-se um cinturão de asteróides e outro após a órbita de Netuno.



Meteoróides, meteoros e meteoritos


 
São fragmentos de rochas que se formam apartir de cometas e asteróides. O efeito luminoso é produzido quando fragmentos de corpos celestes incendeiam-se em contato com a atmosfera terrestre devido ao atrito. Esses rastros de luz são denominados meteoros e popularmente são conhecidos como estrelas cadentes, mas não são estrelas.
Quando caem sobre a Terra, atraídos pela força gravitacional, são chamados de meteoritos. Na maioria das vezes, eles são fragmentos de rochas ou de ferro. Os meteoritos tem forma variada e irregular, e o tamanho pode variar de microfragmentos a pedaços de rochas de alguns metros de diâmetro.

O maior meteorito brasileiro (pesando mais de 5000 quilos), o Bendegó, foi encontrado no interior da Bahia em 1784 e encontra-se em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro.


Meteorito Bendegó

sábado, 8 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte Vl

Outros astros do Sistema Solar

Satélites
Até 1610 o único satélite conhecido era o da Terra - a Lua. Naquela ocasião, Galileu Galilei (1564-1642), com a sua luneta, descobriu satélites na órbita do planeta Júpiter. Hoje se sabe da existência de dezenas de satélites.
Na Astronomia, satélite natural é um corpo celeste que se movimenta ao redor de um planeta graças a força gravitacional. Por exemplo, a força gravitacional da Terra mantém a Lua girando em torno do nosso planeta.
Os satélites artificiais são objetos construídos pelos seres humanos. O primeiro satélite artificial foi lançado no espaço em 1957. Atualmente há vários satélites artificiais ao redor da Terra.
O termo "lua" pode ser usado como sinônimo de satélite natural dos diferentes planetas.



Cometas

Cometa Halley
 
Um cometa é o corpo menor do sistema solar, semelhante a um asteróide, possui uma parte sólida, o núcleo, composto por rochas, gelo e poeira e têm dimensões variadas (podendo ter alguns quilômetros de diâmetro). Geralmente estão distantes do Sol e, nesse caso, não são visíveis. Eles podem se tornar visíveis à medida que, na sua longa trajetória, se aproximam do Sol sublimando o gelo do núcleo e liberando gás e poeira para formar a cauda e a "cabeleira" em volta do núcleo. O mais conhecido dele é o Halley, que regularmente passa pelo nosso Sistema Solar. De 76 em 76 anos, em média, ele é visível da Terra. Ele passou pela região do Sistema Solar próxima do nosso planeta, em 1986, o que possibilitou a sua visibilidade, portanto, o Halley deverá estar de volta em 2062.




sexta-feira, 7 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte V

Saturno


Foto de Saturno feita pela sonda espacial Cassini, quando estava a cerca de 57 milhões de quilômetros de Saturno (foto NASA).
É o segundo maior planeta do nosso sistema solar. É famoso por seus anéis, que podem ser vistos com o auxílio de pequenos telescópios. Os anéis são feitos com pedaços de gelo e rochas. A temperatura média da superfície do planeta é de -140ºC. Saturno é formado basicamente por hidrogênio e pequena quantidade de hélio.
O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5 horas, e cada revolução ao redor do Sol leva 30 anos terrestres.
Tem um número elevado de satélites, 60 descobertos até então, dos quais 35 possuem nomes, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.



Urano

Urano é o sétimo planeta do sistema solar, situado entre Saturno e Netuno. A característica mais notável de Urano é a estranha inclinação do seu eixo de rotação, quase noventa graus em relação com o plano de sua órbita; essa inclinação não é somente do planeta, mas também de seus anéis, satélites e campo magnético. Urano tem a superfície a mais uniforme de todos os planetas por sua característica cor azul-esverdeada, produzida pela combinação de gases em sua atmosfera, e tem anéis que não podem ser vistos a olho nu; além disso, tem um anel azul, que é uma peculiaridade planetária. Urano é um de poucos planetas que têm um movimento de rotação retrógrado, similar ao de Vênus
Tem 27 satélites ao seu redor e um fino anel de poeira.


Netuno

Orbitando tão longe do Sol, Netuno recebe muito pouco calor. A sua temperatura superficial média é de -218 °C. No entanto, o planeta parece ter uma fonte interna de calor. Pensa-se que isto se deve ao calor restante, gerado pela matéria em queda durante o nascimento do planeta, que agora irradia pelo espaço fora.
A atmosfera de Netuno tem as mais altas velocidades de ventos no sistema solar, que são acima de 2000 km/h; acredita-se que os ventos são amplificados por este fluxo interno de calor. A estrutura interna lembra a de Urano - um núcleo rochoso coberto por uma crosta de gelo, escondida no profundo de sua grossa atmosfera. Os dois terços internos de Netuno são compostos de uma mistura de rocha fundida, água, amônia líquida e metano. A terça parte exterior é uma mistura de gases aquecidos composta por hidrogênio, hélio, água e metano.
Embora não sejam visíveis nas fotografias do telescópio espacialHubble, Netuno faz parte dos planetas gigantes que possuem um complexo sistema de anéis. Possui cinco anéis principais e sua descoberta se deve a uma observação efetuada ainda em 1984 a bordo de um avião U2 que acompanhou o deslocamento do planeta por algumas horas durante a ocultação de uma estrela. Neptuno tem 13 luas conhecidas. A maior delas é Tritão, descoberta por William Lassell apenas 17 dias depois da descoberta de Netuno.
Netuno, o gigante azul


E Plutão?

Plutão que recebera o nome do deus dos infernos, da mitologia greco-latina, foi classificado como o nono planeta do Sistema Solar. Descoberto em 1930, pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, esse astro foi sempre motivo de acirrados debates. Afinal, as características do planetóide, entre outras a excentricidade de sua órbita inclinada, em que certos períodos cruza a órbita de Netuno, já indicavam que dificilmente ela poderia permanecer na elite dos planetas do nosso Sistema. Realmente, 76 anos depois, a UAI resolveu reclassificar o astro do grupo de planetas-anões.
Caronte continua a ser considerado satélite de Plutão. Entretanto, para alguns astrônomos eles são astros gêmeos, e esse é um debate que pode ser, a qualquer momento retomado pela União Astronômica Internacional. Será Coronte promovido a planeta-anão?


Plutão e seu satélite Caronte

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte lV

Marte

Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vênus, cuja densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita e na maior parte formada por gás carbônico, o que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade. Seu período de rotação é aproximadamente 24h, muito parecido com o da Terra, porém sua translação dura cerca de 687 dias.

Satélites de Marte
Marte tem ainda duas luas chamadas Deimos e Phobos, que no entanto têm formas irregulares. Têm um tamanho da ordem dos 10 km e assemelham-se mais a asteróides do que a pequenos planetas.

Água em Marte? E daí?
Por mais de um século, os astrônomos especularam se Marte teria água. Em 2010, uma pequena nave robótica enviada pelos Estados Unidos, a Opportunity, transmitiu a resposta em forma de fotos da superfície marciana: bolhas e ranhuras microscópicas claramente visíveis em algumas pedras demonstram que elas já estiveram submersas em água. Se foi assim, é possível que tenha existido vida no planeta vermelho. A suposição baseia-se num fato científico: água líquida é a única substância vital para a existência dos seres vivos na forma como os conhecemos. A denominação pode parecer redundante, mas é precisa. Pelo que se sabe, em estado gasoso ou sólido a substância não serve para a vida. O processo bioquímico que gerou a vida na Terra, há 3,5 bilhões de anos, só poderia ter ocorrido num meio fluido. No líquido, as moléculas se dissolvem e as reações químicas acontecem. Como estão sempre em fluxo, os líquidos transportam nutrientes e material genético de um lugar para outro, seja dentro de uma célula, de um organismo, de um ecossistema ou até de um planeta.
Hoje em dia, contudo, Marte não exibe condições que permitam água no estado líquido à sua superfície. Por um lado, a pressão da atmosfera atual do planeta à superfície é muito baixa: 0.0063 vezes a pressão da atmosfera à superfície da Terra, e quanto menor é a pressão, mais baixa é a temperatura necessária para a água passar do estado líquido para o gasoso. Por outro lado, a sua atmosfera muito rarefeita não fornece um mecanismo eficaz de efeito estufa e a temperatura média em Marte é de -53ºC, oscilando entre máximos de 20ºC e mínimos de -140ºC. Feitas as contas, as combinações possíveis de temperatura e pressão à superfície de Marte não permitem água no estado líquido, apenas no estado sólido ou no gasoso.

Júpiter

A massa de Júpiter é duas vezes e meia a massa combinada de todos os outros corpos do sistema solar à exceção do Sol.
Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318 vezes superior. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um período de rotação invulgarmente rápido: 9h 50m 28ssendo o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. Embora tenha um núcleo de ferro, quase todo o planeta é uma imensa bola de hidrogênio e um pouco de hélio. A temperatura da superfície é de cerca de -150ºC.
 

As sondas Voyager 1 e 2 mostraram que Júpiter também possui anéis, tal como os outros gigantes gasosos. No entanto, se para observarmos os anéis de Saturno basta um telescópio amador uma vez que estes são constituídos principalmente por pequenos detritos de gelo que refletem muito a luz, os anéis de Júpiter parecem-nos quase invisíveis, uma vez que são compostos por partículas rochosas de pequenas dimensões que refletem muito pouco a luz. Julga-se que estes detritos são o resultado de colisões de meteoritos com os 4 satélites mais próximos do planeta.

Os satélites
Júpiter tem pelo menos 63 satélites identificados. Os 4 maiores, e mais importantes, são conhecidos como as luas galileanas, assim chamadas por terem sido descobertas por Galileu Galilei (1564-1642) quando observou Júpiter com um telescópio que ele próprio construiu. São elas: Io, Europa, Ganymede e Callisto. Historicamente, a descoberta destas luas constituiu uma das primeiras provas irrefutáveis que a Terra não estava no centro do Universo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte lll

Os planetas do Sistema Solar

São oito os planetas clássicos do Sistema Solar. Na ordem de afastamento do Sol, são eles: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
A partir dos avanços tecnológicos que possibilitaram a observação do céu com instrumentos ópticos como lunetas, telescópios e outros, os astrônomos vêm obtendo informações cada vez mais precisas sobre os planetas e seus satélites. Vamos conhecer um pouco a respeito de cada um desses oito planetas do Sistema Solar.


 
Mercúrio

É o planeta mais próximo ao Sol e o menor do Sistema Solar. É rochoso, praticamente sem atmosfera, e a sua temperatura varia muito, chegando a  mais de 400ºC positivos, no lado voltado para o Sol, e cerca de 180ºC negativos, no lado oposto. Mercúrio não tem satélite. É o planeta que possui um movimento de translação de maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias). O aspecto da superfície é parecido com o da nossa Lua, toda coberta de crateras, originadas da colisão com corpos celestes.


Vênus

Vênus é conhecido como Estrela-D'Alva ou Estrela da tarde por causa de seu brilho e também porque é visível ao amanhecer e ao anoitecer, conforme a época do ano (mas lembre-se que ela é um planeta e não uma estrela).
É o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gêmeo" da Terra nos coloca começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a oeste e põe-se a leste.
Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e força da gravidade à superfície, tendo-se chegado a especular sobre se teria condições favoráveis à vida. Além disso, suas estruturas são muito parecidas: um núcleo de ferro, um manto rochoso e uma crosta. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um clima extremamente hostil à vida. De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura média à superfície é de 460ºC devido ao forte efeito de estufa que acontece em grande escala em todo o planeta e não apresenta água.
 



Terra

É o terceiro planeta mais próximo do Sol. É rochoso e a sua atmosfera é composta de diferentes tipos de gases, e a sua temperatura média é de aproximadamente 15ºC.
A Terra, até o que se sabe, é o único planeta do Sistema Solar que apresenta condições que possibilitam a existência de seres vivos como os conhecemos. Tem um satélite, a Lua.

Escola Democrática

“Uma escola democrática tem que viver em seu interior a democracia, com a participação de todos que nela trabalham (professores, alunos, funcionários, equipe técnico-pedagógica) e que dela se beneficiam (comunidade em torno da escola) na sua construção. O projeto político-pedagógico se constitui em processo democrático de decisões, no qual a escola, enquanto grupo, delineia sua própria identidade, e se identifica com a comunidade escolar em que se insere. O trabalho democrático no interior da escola dá voz ao aluno, aos pais, aos seus trabalhadores; permite a todos participar de sua construção, de se perceber em cada ação nela encaminhada, de se ver em cada pedacinho da escola. E sendo fruto de construção coletiva, a ação pedagógica se constitui em uma ação competente, responsável, mais agradável aos que nela estão envolvidos.” (MULTIEDUCAÇÂO, 2008)

terça-feira, 4 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte ll

Os planetas
Os planetas não produzem luz, apenas refletem a luz do Sol, que é a estrela do Sistema Solar.
Teorias afirmam que os planetas também foram formados a a partir de porções de massa muito quente e que todos estão de resfriando. Alguns, entre eles a Terra, já se resfriaram o suficiente para apresentar a superfície sólida.
Um corpo celeste é considerado um planeta quando, além de não ter luz própria, gira ao redor de uma estrela.
Os planetas têm forma aproximadamente esférica. Os seus movimentos principais são o de rotação e o de translação.  Cada planeta possui um eixo de rotação em relação a Sol, o mais inclinado deles é oplaneta-anão Plutão, pois seu eixo de rotação em relação ao Sol é de 120º, olhe a figura.


Movimento de Rotação
No movimento de rotação, os planetas giram em torno do seu próprio eixo, uma linha imaginária que passa pelo seu centro. O observador terrestre tem dificuldade de perceber o movimento de rotação da Terra. Para isso deve-se notar que o Sol, do amanhecer ao anoitecer, parece se mover da região leste em sentido oeste. O mesmo acontece, à noite, com a Lua, as estrelas e demais astros que vemos no céu.
O movimento de rotação da Terra dura, aproximadamente 24horas - o que corresponde a um dia. A Terra, por ser esférica, não é iluminada toda de uma vez só. Conforme a Terra gira em torno do seu eixo, os raios de luz solar incidem sobre uma parte do planeta e a outra fica à sombra.
O ciclo do dia e da noite ocorrem graças a rotação. Enquanto o planeta está girando sobre seu próprio eixo é dia nas regiões que estão iluminadas pelo Sol (período claro) e, simultaneamente, é noite nas regiões não iluminadas (período escuro).



Movimento de Translação
O movimento de translação é executado pelos planetas ao redor do Sol, e o tempo que levam para dar uma volta completa é denominado período orbital. No caso da Terra esse período leva cerca de 365 dias e aproximadamente 6 horas para se completar. A Terra, no seu movimento de translação, forma uma elipse pouco alongada (bem próxima a circular). Já o planeta Netuno traça a sua órbita elíptica de forma bastante alongada.
Em razão do movimento de translação e da posição de inclinação do eixo da Terra, cada hemisfério fica, alternadamente, mais exposto aos raios solares durante um período do ano. Isso resulta nas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Nos meses de dezembro a março, o Hemisfério Sul - localizado ao sul da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol. É quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do Hemisfério Sul. É verão nesse hemisfério. Depois de seis meses, nos meses de junho a setembro, a Terra já percorreu metade da sua órbita. O Hemisfério Norte - localizado ao norte da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol e, assim, os raios solares incidem perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do Hemisfério Norte. É verão no Hemisfério Norte.


Enquanto é verão no Hemisfério Norte com os dias mais longos e as noites mais curtos, é inverno no Hemisfério Sul, onde os dias tornam-se mais curtos e as noites mais longas. E vice-e-versa.
Em dois períodos do ano (de março a junho e de setembro a dezembro) ha posições da Terra, na sua órbita, em que os dois hemisférios são iluminados igualmente. É quando ocorrem, de forma alternada nos dois hemisférios, as estações climáticas primavera e outono.
As estações do ano são invertidas entre os hemisférios Sul e Norte. Por isso é possível, numa mesma época do ano, por exemplo, pessoas aproveitarem o verão numa praia no Hemisfério Sul, enquanto outras se agasalharem por causa de uma nevasca de inverno no Hemisfério Norte.
Nas regiões perto da linha do Equador, tanto em um hemisfério quanto no outro, ocorre constantemente a incidência dos raios do Sol, faz calor durante todo o ano. Há apenas a estação das chuvas e a estação da seca.
Em virtude da "curvatura da Terra" e da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita, os pólos recebem raios de Sol bastante inclinados. Por um longo período do ano, os raios solares não chegam aos pólos; por isso essas são regiões muito frias.
Para os moradores dessas regiões, só há duas estações climáticas:
  • Uma que chamam inverno, ou seja, o longo período em que os raios solares não atingem o pólo;
  • outra chamada verão, quando não acontece o pôr-do-sol durante meses.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Sistema Solar - parte l

O sistema solar é um conjunto de planetasasteróides e cometas que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta.
Os corpos mais importantes do sistema solar são os oito planetas que giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a circunferências ligeiramente excêntricas.
Os planetas que compõem o sistema solar

O sol não está exatamente no centro dessas órbitas, como pode-se ver na figura abaixo, razão pela qual os planetas podem encontrar-se, às vezes, mais próximos ou mais distantes do astro.

Órbitas elípticas dos planetas do Sistema Solar


Origem do Sistema Solar
O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco, iniciou-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.
A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas perto dele, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Os componentes do Sistema Solar

O sol
O Sol é a fonte de energia que domina o sistema solar. Sua força gravitacional mantém os planetas em órbita e sua luz e calor tornam possível a vida na Terra. A Terra dista, em média, aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol, distância percorrida pela luz em 8 minutos. Todas as demais estrelas estão localizadas em pontos muito mais distantes.
As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de luminosidade e tamanho médios, e que no céu existem incontáveis estrelas maiores e mais brilhantes, mas para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e distância foram exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida como a nossa.
O Sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. Isso significa que todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%.

Composição do Sol
O Sol é uma enorme esfera de gás incandescente composta essencialmente de hidrogênio e hélio, com um diâmetro de 1,4 milhões de quilômetros. O volume do Sol é tão grande que em seu interior caberiam mais de 1 milhão de planetas do tamanho do nosso. Para igualar seu diâmetro, seria necessário colocar 109 planetas como a Terra um ao lado do outro. No centro da estrela encontra-se o núcleo, cuja temperatura alcança os 15 milhões de graus centígrados e onde ocorre o processo de fusão nuclear por meio do qual o hidrogênio se transforma em hélio. Já na superfície a temperatura do Sol é de cerca de 6.000 graus Celsius.
 
Fonte: sóbiologia.com.br 

domingo, 2 de junho de 2013

Estudos dos Fósseis

Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, como moldes do corpo ou partes deste, rastros e pegadas. 
A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. 
A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que significa "ser desenterrado". 
A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. 
A fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido possível. Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de fossilização.

Quando é que se começaram a estudar os fósseis?
Desde sempre o Homem observa e tenta interpretar a natureza. Desde muito cedo ele encontrou rochas com impressões em forma de conchas, ossos de animais e folhas de plantas, ou seja, fósseis Ao longo de muitos séculos estas impressões estimularam a imaginação do ser humano, tendo originado inúmeras explicações. Algumas destas explicações, elas foram consideradas criações de espíritos maus ou bons, sendo designadas de “cobras de pedra”, “pedras mágicas”, “pedras de trovão” e “pedras de sapo”. Noutras interpretações, as impressões foram vistas como o resultado da ação das radiações do sol ou das estrelas. Houve, ainda, quem preferisse olhá-las como brincadeiras do reino mineral, que imitava formas de plantas e animais existentes na natureza.
Ainda no século XVII havia a teoria de que as impressões deixadas nas rochas seriam o resultado de uma propriedade inerente à Terra, a qual originaria estas marcas como ornamento das regiões ocultas do globo, da mesma maneira que as flores são o ornamento da superfície. Mesmo no século XIX, um estudo da Igreja Cristã afirmava que o Diabo tinha colocado aquelas impressões nas rochas para enganar e embaraçar a humanidade.
Embora muitas teorias tenham surgido ao longo dos tempos para interpretar o significado dos fósseis, o seu estudo científico só começou há cerca de 300 anos. A sua verdadeira origem e natureza só foi estabelecida no séculos XVII por alguns naturalistas, que conseguiram estabelecer a relação entre os dentes de tubarão da altura e outros semelhantes, mas fossilizados. Um século antes tinha surgido a designação de “fóssil”. Ela derivou da palavra latina “fossilis”, que significa “desenterrado”, e foi inicialmente usada para designar toda a espécie de minerais e metais extraídos da crosta terrestre.

Como se chamam as pessoas que estudam os fósseis?
Os cientistas que fazem o papel de detetives de fósseis são chamados de “paleontólogos”, pois o ramo das Ciências da Terra e da Vida que se dedica ao estudo dos fósseis chama-se “Paleontologia”.
Os paleontólogos têm encontrado fósseis em todo o mundo, a uma velocidade espetacular – de sete em sete semanas um novo fóssil é encontrado. Mas não é fácil achar um fóssil. Por isso, encontrar restos fossilizados de um animal ou planta é uma experiência emocionante. Os penhascos marinhos, as pedreiras e outras rochas expostas são locais de grande interesse para a descoberta de fósseis. Também as grutas, como antigos abrigos de homens e animais, podem proporcionar valiosas descobertas paleontológicas.

Onde se podem encontrar os fósseis?
Na maior parte das vezes, por mais que se conheçam as características geológicas de um local, não é possível dizer com certeza se aí existirão fósseis ou não. No entanto, determinados fatores podem ser indicadores da sua presença e são estes fatores que os paleontólogos seguem nas suas pesquisas. Estas hipóteses referem-se, principalmente, ao tipo de rochas mais relacionadas com a preservação de fósseis, ou seja, as sedimentares, e à idade da rocha, que é determinada através de análises químicas da sua composição. Também existe uma outra forma de atuar – ir escavando cegamente até ter a sorte de encontrar algo. Alguns fósseis são encontrados ao acaso, em obras ou áreas de exploração mineira, por exemplo.
Apesar da dificuldade em achar fósseis, os paleontólogos já encontraram fósseis microscópicos de algas azuis, cuja idade foi calculada em quase 2000 milhões de anos. Recentemente foram descobertos fósseis de bactérias que terão cerca de 3000 milhões de anos.

Como se estudam fósseis?
Quando o cientista atinge uma área provável de formação fósseis, começa por procurar indícios nos pontos em que a erosão retirou o solo de cima das rochas, investigando, depois, os estratos sedimentares Caso aí encontre vestígios, como esqueletos ou fragmentos de ossos fossilizados, o cientista retira a rocha que se encontra por cima deles, para conseguir fotografá-los e, posteriormente, retirá-los, sem os danificar.Só muito raramente é encontrada uma ossada totalmente preservada. Na maior parte dos casos, os esqueletos estão bastante fragmentados, podendo faltar muitos pedaços. Há que identificar os ossos com números, para ser mais fácil a posterior reconstituição do animal Depois é tentar montar um verdadeiro quebra-cabeças. O resultado destes trabalhos pode ser visto nos museus de história natural, onde normalmente são expostos.
Mas mesmo sem termos fósseis de ossos que permitam a reconstituição dos seres vivos, outros tipos de vestígios podem fornecer informações bastante interessantes. Para cada tipo existem técnicas de estudo apropriadas, que permitem retirar diferentes conclusões. Por exemplo, num conjunto de pegadas, os cientistas medem a distância entre elas para verem o comprimento e a velocidade do animal, e a sua profundidade para determinarem o seu peso. Já através dos excrementos (coprólitos), o tipo de conclusões retiradas é diferente. Eles são amassados até se tornarem num pó fininho que, depois de analisado, pode dar informações relativas, por exemplo, ao tipo de alimentação do animal.

Qual a importância da paleontologia?
A paleontologia é a ciência que estuda os organismos que povoaram a terra ao longo do tempo e cujo os restos e marcas de atividade se encontram preservados nos sedimentos. O estudo dos organismos é de grande importância para a compreensão e estudo da história da terra. Assim, a paleontologia interessa à biologia pois permite estudar a evolução do seres vivos.
Para o estudo dos animais que outrora habitaram o planeta não são só os seus fósseis que são importantes mas também as marcas deixadas da sua atividade ou seja, os rastos, as pegadas e as pistas.

Tipos de fossilização
Para que se dê a fossilização é necessário que o organismo fique rapidamente ao abrigo dos agentes de erosão, o que acontece quando este ou algumas das suas partes constituintes ou os seus restos são rapidamente cobertos por sedimentos. Este processo desenvolve-se em quatro fases: 1- Quando morreram os animais depositaram-se no fundo do mar sendo rapidamente cobertos por sedimentos;2- Ao ficarem incorporados nos sedimentos sofreram os mesmos fenômenos de diagénese e metamorfismo, fossilizando;3- As rochas onde os fósseis se encontram incorporados sofrem modificações que fazem elevar alguns estratos;4- Os fósseis, devido à erosão ou a outros fatores aparecem a superfície alguns milhões de anos mais tarde. Os tipos de fossilização são:
 Moldagem: As partes duras dos organismos vão desaparecendo deixando nas rochas as suas marcas (impressões), ou seja, o organismo é destruído mas o molde persiste.
Como é conhecido existem dois tipos principais de moldes, o externo em que a concha fica imprimida nos sedimentos sendo posteriormente removida, e o interno em que os sedimentos cobrem a concha que depois é removida ficando apenas o molde da superfície interna. Existem ainda o contra-molde que é o molde do molde externo.
Mumificação:
Os restos dos organismos preservam-se total ou parcialmente, normalmente em materiais como o âmbar, o gelo, resina fóssil.

Insetos mumificados pelo âmbar.
Mineralização:
As partes duras dos organismos tais como ossos, conchas desaparecem ficando no lugar deles minerais. São transportados em águas subterrâneas. Os troncos das árvores são bons exemplos deste tipo de fossilização.
Marcas fósseis:
São pegadas, marcas de reputação ou até fezes fossilizadas.
Marcas das escamas do hadrossauro, visíveis na rocha

Texto extraído na íntegra
Sóbiologia.com