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sábado, 17 de agosto de 2013

Erradicação do Trabalho Infantil


Oficinas debatem o papel da comunicação no combate ao trabalho infantil


Créditos: Cipó Comunicação Interativa 
Juliana Sada, do Promenino com Cidade Escola Aprendiz
A região Norte recebeu nesta semana mais oficinas de formação da campanha “É da Nossa Conta! Sem Trabalho Infantil e pelo Trabalho Adolescente Protegido”. Nas cidades de Belém, no Pará, e Manaus, no Amazonas, agentes do sistema de garantia de direitos e comunicadores receberam capacitações de comunicação para a erradicação do trabalho infantil.
As oficinas tem como objetivo aumentar a visibilidade da questão do trabalho infantil e do trabalho adolescente protegido perante a opinião pública. Nos últimos encontros, debateu-se a dificuldade de compreensão do trabalho dos conselhos tutelares por parte da sociedade e a deficiência na formação dos conselheiros, apontando a necessidade de capacitações constantes.
Durante os encontros também se debateram os efeitos negativos do trabalho infantil, que relega famílias ao ciclo da pobreza. Em um dos casos relatados em Manaus, a história de Antônio, de 50 anos que trabalha desde os dez. Todos seus cinco filhos começaram a trabalhar com ele na feira quando completaram sete anos. Como resultado, toda a família deixou a escola e é semianalfabeta.
Pelos dados do Censo, entre 2000 e 2010, a região Norte foi a única em que o trabalho infantil aumentou no período. Ao todo, são 378.996 crianças e adolescentes trabalhando. O estado do Amazonas foi um dos principais responsáveis pelo crescimento: em 2010, foram encontrados 20 mil casos a mais que no início da década. Este panorama vai contra o cenário nacional. Como um todo, o país teve uma diminuição nos casos de trabalho infantil entre 2000 e 2010.
É da Nossa Conta!
Com esta etapa, finalizam-se as oficinas na região Norte. A partir do próximo mês, ocorrerão encontros em capitais nordestinas. Em cada cidade são realizados dois encontros. Em um primeiro momento, os atores do sistema de garantia (conselheiros tutelares, assistentes sociais, etc) pensam estratégias de comunicação e debatem como falar dos diferentes aspectos. Já em um segundo momento, voltado aos comunicadores, mostra as diferentes abordagens possíveis e a importância da comunicação na erradicação do trabalho infantil.
As oficinas de Comunicação para a Erradicação do Trabalho Infantil são parte das atividades da campanha É da Nossa Conta! 2013 promovida pela Fundação Telefônica Vivo em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para conhecer mais, acesse a página da campanha

Texto extraído na íntegra de:http://www.promenino.org.br

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