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sábado, 25 de maio de 2013

Arqueologia

O que a arquoelogia pode nos ensinar sobre a Humanidade?
Humanos modernos - Homo sapiens - viveram por milhares de anos antes de começarem a escrever suas aventuras. O período antes de começarmos a rabiscar nossos pensamentos na pedra e no papel (o que os historiadores chamam de pré-história) pode apenas ser revelado por meio da pesquisa, da descoberta e da interpretação de coisas materiais que nossos ancestrais deixaram para trás. A arqueologia é o campo da ciência dedicado a essa busca e, até que as viagens no tempo sejam possíveis, ela é a melhor maneira de estabelecer uma linha do tempo humana e construir a histórias de nossa espécie.
Esqueleto acho durante escavação arqueológica
© Leeuwtje / iStockphoto
Esqueleto achado durante escavação arqueológica

Definir o início exato dessa linha do tempo tem sido um dos maiores desafios da arqueologia há décadas. Hoje, a maioria dos arqueólogos e antropólogos concorda que os humanos modernos fizeram sua grande estreia cerca de 195 mil anos atrás. Mas de onde esses humanos vieram? Uma linha de espécies parecidas com o ser humano, ou hominídeos, precede o Homo Sapiens?
Em 1974, Donald Johanson forneceu uma importante pista quando descobriu os ossos de um hominídeo de 3,2 milhões de anos em Hadar, na Etiópia. Ele chamou o espécime de Australopithecus afarensis, ou Lucy, para encurtar. Lucy deteve o recorde como o mais antigo ancestral humano até 1994, quando Tim White, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, encontrou restos de esqueleto de um hominídeo de 4,4 milhões de anos conhecido como Ardipithecus ramidus, ou Ardi. Desde então, mais descobertas marcantes foram feitas. Em 1997, cientistas encontraram ossos de uma nova espécie, Ardipithecus kadabba, que viveu entre 5 milhões e 6 milhões de anos atrás. E em 2000, outra equipe desenterrou o Orrorin tugenensis, um hominídeo do tamanho de um chimpanzé que viveu há 6 milhões de anos. Usando isso e evidências similares, arqueólogos formaram uma linha do tempo da humanidade e da pré-humanidade.
Os fósseis hominídeos mais velhos foram encontrados na África Oriental, ao longo da linha que se estende de Olduvai Gorge, no sul, até Médio Awash, região da Etiópia, ao Norte. A concentração das descobertas levou a maioria dos cientistas a considerar essa região o berço da humanidade. Mas como espécies parecidas com o homem se espalharam dessa região para o resto do mundo - um processo conhecido como diáspora africana? A arqueologia pode responder essa questão. A teoria que prevalece é a seguinte: Cerca de 2 milhões de anos atrás, os ancestrais pré-humanos deixaram a África para popular partes da Ásia, o Oriente Médio e a Europa. Mais tarde, os primeiros humanos de verdade seguiram em uma segunda onda que, com o tempo, substituiu os vestígios da primeira, a diáspora pré-humana. Com o tempo, esses primeiros humanos formaram todas as raças e civilizações que conhecemos hoje, incluindo maias, fenícios, gregos e romanos.
Compreender essas grandes civilizações é outra importante função da arqueologia. Por exemplo, historiadores aprenderam muito sobre a sociedade romana escrutinando as características e os artefatos de Pompeia e Herculano, duas cidades antigas enterradas em 70 d.C. pelas cinzas ejetadas pelo Monte Vesúvio. Eles formaram histórias similares em todo o mundo. É como nós viemos a saber de pessoas e lugares, bem como comportamentos e crenças, das civilizações através do tempo.
Fonte: Ciência - UOL

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